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Avião da Chapecoense ficou sem combustível, revelam gravações

30 nov, 2016 - 20:50

Áudio da caixa negra do aparelho da companhia Lamia está a ser analisado pelas autoridades. Nos registos divulgados pela comunicação social, o piloto confirma “falha eléctrica total” e “falta de combustível".

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Gravação revela que avião da Chapecoense ficou sem combustível
Gravação revela que avião da Chapecoense ficou sem combustível

A rádio Blu, da Colômbia, está a divulgar um áudio, alegadamente respeitante à caixa negra do avião que transportava a equipa do Chapecoense a caminho da Colômbia.

Segundo a rádio, no áudio em questão ouvem-se as conversas entre a torre de controlo e o comandante do aparelho. O piloto solicitou “uma aproximação imediata”, mas o avião acabou por se despenhar.

Antes, o piloto alertou a torre de controlo do aeroporto de Medellín, numa comunicação em que precisou que a aeronave estava com “uma falha eléctrica total” e “sem combustível”.

A controladora aérea ainda mandou desviar dois outros aviões que estavam para aterrar primeiro e abriu espaço ao voo da companhia LaMia.

As duas caixas negras foram recuperadas em boas condições e estão a ser analisadas pelas autoridades aeronáuticas da Colômbia.

Entretanto, Gustavo Vargas, CEO da companhia aérea Lamia, revela ao Diario Página Siete, da Bolívia, que o avião violou o plano de voo estabelecido ao seguir directamente para Medellín e não ter reabastecido em Bogotá.

O que sabemos sobre a queda do avião onde seguia a Chapecoense
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  • Pedro Santos
    01 dez, 2016 Lisboa 11:43
    Bom dia, Atenção ao que se escreve, entre outras coisas queria só ressalvar, para não se ficar com ideias erradas, que a LaMia não se trata de uma empresa Low-Cost de Aviação mas sim de fretamento, o que é bem diferente. Estas empresas deste género operam com regras internas, digamos, menos exigentes. Por exemplo para se ter uma ideia, um plano de voo para uma aeronave a jato, numa companhia aérea, qualquer uma, incluindo Low-Cost, conta sempre com pelo menos duas alternativas de pouso e mais 20 a 30 minutos de tempo de voo. Por isso é que provavelmente saia mais barato alugar o avião à LaMia (que até era o único que a empresa possuía segundo informação que circulam na web) do que por exemplo alugar um Boeing à GOL. Não vamos estar aqui a associar o trabalho de empresas Low-Cost que tão bem conhecemos com esta tragédia.
  • fernando costa
    30 nov, 2016 torres vedrass 23:19
    nao dá para entender como um aviao que tem autonomia para (mais) 15-20 minutos alem do destino faz uma rota dessas sem reabastecer! companhiaszecas que querem poupar e depois é o que se ve! na tap (e outras é logico) por exemplo num voo para o funchal em termos climatéricos o aeroporto alternativo é= lisboa! nao se vai com um A-319 para o brazil! nem com um atr-42-300 para angola! é o que dá low-cost em paises pobres! mais conhecendo o terreno na bolivia e na colonbia o mais provável é que na rota mais curta nao exista nadinha para abastecer!
  • Zé Cromo
    30 nov, 2016 Capital do mundo 21:55
    Eu não percebo nada disto, mas ouvi dizer, no café, que o CVR grava todos os sons no cockpit, conversas e avisos da aeronave incluídos. Já ouvi a, alegada, gravação e vozes/sons no cockpit=0. Aquilo deveriam ser as gravações das coms da Torre do aeródromo de destino, muito provavelmente. Além do mais, também provavelmente, as gravação devem estar a caminho dos EUA para o NTSB para serem processadas por profissionais qualificados, porque acho que a Colombia não deve ter capacidade para tal e mesmo que a tenha outros problemas legais se levantam.

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