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​Um ano depois dos atentados. Paris vive sob “trauma”, mas encontrou uma “normalidade”

11 nov, 2016 - 08:12

Correspondente da Renascença na capital francesa fala de uma cidade com segurança mais musculada e do medo de um novo ataque terrorista.

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No domingo passa um ano dos atentados em Paris. A cidade recuperou alguns dos hábitos antigos, mas “é uma normalidade diferente”. De acordo com o relato do correspondente da Renascença em Paris, Tiago Almeida, “os parisienses voltaram ao seu quotidiano habitual, mas é uma normalidade diferente, sobretudo porque continua a haver um trauma e há muito mais segurança”.

No dia 13 de Novembro de 2015, nove terroristas dividiram-se em três grupos e fizeram ataques quase em simultâneo, um junto ao Estádio de França, outro dentro da sala de espectáculos Bataclan e outro numa zona de restaurantes e cafés.

Tiago Almeida lembra que “o estado de emergência, que era inicialmente para durar apenas 12 dias”, tem-se prolongado até hoje, “tendo um impacto real e directo na vida dos parisienses”.

“Há muitos militares com coletes à prova de bala e com metralhadoras na rua, e para se entrar em qualquer tipo de espaço público – universidades, centros comerciais, salas de espectáculo, etc. – é-se sempre revistado à entrada”, descreve.

“A vida mudou de certa forma, porque vive-se sempre sob o peso de um eventual ataque terrorista, mas os franceses tentam encarar ainda a vida com uma certa normalidade”, acrescenta.

Os ataques foram reivindicados pelo autoproclamado Estado Islâmico. Estes atentados causaram 130 mortos, 90 das quais no Bataclan, e mais de 350 feridos.

A sala de espectáculos esteve fechada para obras desde então. Reabre este fim-de-semana com um concerto de Sting.

“É uma abertura simbólica, tendo em conta que ocorre um ano depois, e que todas as receitas vão reverter para uma associação que ajuda as famílias das vítimas”, diz Tiago Almeida.

Os bilhetes para o concerto do britânico esgotaram numa hora. Depois desta abertura, esta sala de concertos deve “retomar a rotina que tinha antes dos atentados e já tem espectáculos agendados para os próximos meses”, remata.

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