16 set, 2016 - 12:38
A violência que continua sem dar tréguas no Sudão do Sul já fez mais de um milhão de refugiados, disse esta sexta-feira o Alto Comissariado para os Refugiados, da ONU (ACNUR).
Apenas quatro países estão registados como tendo um número tão grande de cidadãos refugiados, a Síria, o Afeganistão e a Somália.
O Sudão do Sul foi formado em 2011, depois de várias décadas de guerra civil com o Sudão. Os habitantes do Sudão do Sul são na maioria africanos negros, cristãos e praticantes de religiões tradicionais enquanto a maioria dos habitantes do Sudão são muçulmanos de cultura e etnia árabe. Apenas dois anos depois da independência, contudo, o país voltou à violência, desta vez interna.
Segundo dados do ACNUR “O número de refugiados do Sudão do Sul que estão em países vizinhos ultrapassou a marca de um milhão esta semana, incluindo as 185.000 pessoas que fugiram do país desde o início da nova onda de violência em Juba, capital do país, a 08 de Julho”
Há ainda cerca de 1,6 milhões de deslocados internos.
A maioria dos refugiados encontrou abrigo nos países vizinhos – exceptuando o Sudão – que são a Etiópia, o Quénia, a República Democrática do Congo e a República Centro-Africana.
Mais de um terço da população, cerca de cinco milhões de pessoas, está ainda a passar por uma situação de insegurança alimentar “sem precedentes”, segundo as Nações Unidas.