09 jun, 2016 - 13:13
A Eslovénia confirmou o primeiro caso de Zika no país. O vírus foi encontrado numa pessoa que tinha estado na América Latina, anunciou esta quinta-feira o Instituto Nacional de Saúde Pública.
A infecção não apresenta qualquer risco de saúde para a população eslovena, acrescenta o comunicado, sem adiantar mais pormenores sobre o estado de saúde da pessoa em questão.
O vírus Zika está afectar sobremaneira a América Latina e as Caraíbas, sendo o Brasil o país mais afectado até ao momento.
As autoridades sanitárias norte-americanas concluíram que as infecções por vírus Zika (que deve o seu nome ao mosquito que o transmite) em mulheres grávidas podem causar microcefalia no bebé. A microcefalia é um transtorno neurológico em que a cabeça é mais pequena do que o normal e pode desencadear problemas de desenvolvimento.
Em Maio, o risco de propagação do vírus Zika na Europa passou a nível moderado no final da Primavera e no Verão, sendo mais elevado em regiões periféricas como a Madeira ou a costa do Mar Negro.
"Os novos dados mostram que há um risco de propagação da doença do vírus Zika na região da Europa e que este risco varia de país para país", afirmou na altura director regional da Organização Mundial de Saúde (OMS) para a Europa, Zsuzsanna Jakab.
Ainda assim, autoridades sublinham que os casos existentes na Europa são importados. Mesmo assim, há que manter a vigilância, sobretudo agora que começa o calor.
A Madeira é das poucas regiões do espaço europeu que poderá ser susceptível a uma infecção por vírus Zika, dado que o mosquito – o mesmo que provoca a febre amarela – foi reintroduzido no arquipélago em 2005.
Para já, a Direcção-Geral da Saúde (DGS) esclarece que não são necessárias medidas extraordinárias de protecção na Madeira.
"O risco existe, mas é pequeno. Em conjunto com as autoridades da Madeira, estamos a acompanhar a evolução do problema, que resulta da existência de mosquitos vectores naquela região", afirmou o director-geral, Francisco George, à agência Lusa.