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Exército iraquiano tenta roubar Fallujah ao Estado Islâmico

31 mai, 2016 - 16:26

As forças de elite de Bagdad estão às portas de Fallujah, uma das primeiras cidades que o Estado Islâmico ocupou em 2014. No centro da cidade há milhares de pessoas a serem usadas como escudos humanos.

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O exército iraquiano está literalmente às portas da cidade de Fallujah, uma das mais importantes cidades em mãos do Estado Islâmico, e com grande importância estratégica.

Quando o Estado Islâmico começou a sua expansão no Iraque, em 2014, Fallujah foi das primeiras cidades que ocupou, apanhando o regime de surpresa. É a partir desta cidade que o grupo terrorista lança vários atentados contra alvos na capital, Bagdad, incluindo uma campanha de atentados suicidas que nas últimas semanas fez centenas de mortos.

Dois anos mais tarde, é precisamente aqui que o Governo quer levar a cabo o primeiro grande golpe contra o grupo terrorista, dando início ao que esperam ser uma campanha de reconquista que verá a reocupação de outras cidades cruciais, incluindo Mossul.

O assalto a Fallujah está a ser chefiado pelas forças de elite do Iraque e conta com o apoio de especialistas internacionais, incluindo americanos. Fallujah é um bastião sunita, pelo que as milícias xiitas que lutam ao lado do Governo contra o Estado Islâmico optaram por não participar na campanha, para não inflamar as tensões sectárias no país.

O avanço até à cidade foi relativamente rápido, mas um contra-ataque por parte do Estado Islâmico obrigou a interromper a marcha. Segundo porta-vozes do Exército, os soldados do regime estão sob fogo cerrado, mas bem entrincheirados.

A concretizar-se, a tomada de Fallujah será uma grande vitória para o Governo do Iraque, mas o custo humanitário pode ser enorme. Estima-se que ainda haja cerca de 50 mil civis na cidade e que as famílias que vivem mais perto do centro estão a ser usadas como escudos humanos pelos jihadistas. A ocupação da cidade obrigará certamente a duras lutas de rua e será difícil evitar que morram civis.

Comentários
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  • Alexandre Sousa
    07 ago, 2016 varginha MG 06:18
    Esse impasse na Siria é culpa de Obama. Se ele queria Assad fora do governo, porque simplesmente não derrubou o trouxa. Em vez disso abriu caminho para que terroristas ocupassem o territorio. Assad é igual à sadam, dizer que derrubar os dois é errado é o mesmo que dizer que o hitler devia ter continuado a governar a alemanha depois da guerra.
  • António Costa
    31 mai, 2016 Cacém 18:08
    "..que o Estado Islâmico ocupou em 2014...", ou seja, ocupou o que já estava ocupado. A cidade de Fallujah faz parte do "triângulo sunita". O EI não passa de uma aliança de ocasião, de grupos sunitas coligados. O Estado Islâmico é apenas um nome. A Base do EI, são os grupos radicais sunitas que o formam e que podem formar uma aliança com um nome diferente, quando assim o entenderem!

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