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Marcelo. Forças políticas devem exprimir-se livremente, mas sem violência

04 mai, 2016 - 23:59

Chefe de Estado português está de visita a Moçambique.

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O Presidente da República condena a violência política em Moçambique. Marcelo Rebelo de Sousa admite que aquele país enfrenta um “desafio de paz” e defende que as divergências devem ser expressas livremente e sem recurso às armas.

"Em qualquer Estado de direito, em qualquer democracia, há direito a todas as liberdades cívicas, mas espera-se em troca que a expressão da saudável e desejável pluralidade de opiniões se faça dentro do respeito pela Constituição e pelas leis em vigor, e com recurso ao parlamento e à livre expressão de opinião na comunicação social livre e independente", afirmou o chefe de Estado, durante um jantar oferecido pelo Presidente moçambicano, no Palácio da Ponta Vermelha, em Maputo.

Sem nunca nomear nenhuma das partes do conflito interno moçambicano, Frelimo e Renamo, o chefe de Estado português acrescentou: "Em qualquer Estado de direito democrático, espera-se que as forças político-partidárias se exprimam livremente, mas não pela força das armas. Espera-se que se convença os eleitores com base na força dos argumentos usados pela palavra, mas nunca pela força da violência ou pelo medo".

Marcelo Rebelo de Sousa vai ainda reunir-se com representantes dos três principais partidos em Moçambique, sublinhando que em democracia espera-se que as divergências e a pluralidade de opiniões se discutam no respeito pela Constituição e com recurso ao Parlamento e à liberdade de expressão.

O Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, reitera que continua procurando o diálogo com as forças da oposição.

O Presidente português propôs uma "parceria estratégica" entre Portugal e Moçambique e afirmou que a sua visita a este país africano não se deve à nostalgia, mas sim ao futuro das relações bilaterais.

Durante um jantar, Filipe Nyusi lembrou as ligações de Marcelo Rebelo de Sousa àquele edifício, onde o seu pai, Baltazar Rebelo de Sousa, residiu quando foi governador-geral de Moçambique, no período colonial.

"Estamos certos de que se recorda com carinho desta terra. Estamos certos de que guarda lembranças deste edifício em que nos encontramos. Eu pus a dar voltas o senhor Presidente, e disse-me afinal o quarto onde dormia. Não quis levá-lo ao quarto porque está muito bonito agora", declarou o governante moçambicano, acrescentando: "Queremos que uma vez mais se sinta em casa".

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