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Justiça angolana rejeita primeiro recurso, mas "Luaty está firme”

29 mar, 2016 - 18:54 • Henrique Cunha

É o que diz a mulher do músico e activista luso-angolano à Renascença. Activistas condenados a penas de prisão pela justiça angolana estão incontactáveis.

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O músico luso-angolano Luaty Beirão, assim como os outros 16 activistas condenados pela justiça angolana, vão continuar presos. O tribunal não aceitou o recurso que os advogados apresentaram logo que foi conhecida a sentença.

De acordo com Mónica Almeida, mulher de Luaty Beirão, a defesa tem agora oito dias para recorrer ao Tribunal Supremo, depois de o juiz que os condenou ter rejeitado o recurso.

“Têm oito dias para recorrer ao Tribunal Supremo, que dirá se eles podem aguardar pela decisão do tribunal em liberdade ou em regime fechado. Em última instância, se o Tribunal Supremo não aceitar, os advogados têm o Tribunal Constitucional para recorrer”, explica Mónica Almeida à Renascença.

Luaty Beirão e os restantes 16 activistas condenados pela justiça angolana estão incontactáveis.

Mónica Almeida pretende visitar o seu marido no próximo sábado, no estabelecimento prisional de Colomboloca.

“Luaty Beirão está incontactável. Ele voltou para a prisão de Colomboloca, onde passou seis meses isolado. Agora não sabemos em que condições é que eles estão neste momento: se estão em celas isolados ou em celas comuns.”

"Não estávamos à espera de uma condenação tão alta"

A mulher de Luaty Beirão diz que o músico estava preparado para ser condenado, mas a família foi surpreendida com a pena de cinco anos e meio de cadeia.

“Luaty está firme. Pediu-nos para estarmos calmos. Sabe que está a ser vitima de uma injustiça, de uma ilegalidade. E estava preparado para que isso acontecesse. Nós familiares é que não estávamos à espera de uma condenação tão alta. Nós não contávamos com este tempo todo, mas depois da mudança brusca de acusação ficou claro que a pretensão era colocá-los o máximo de tempo possível na cadeia.”

Os 17 activistas receberam penas de prisão entre os dois e os oito anos e meio pelos crimes de "actos preparatórios de rebelião e associação de malfeitores".

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