03 out, 2019 - 22:24 • João Cunha
O CDS decidiu terminar a campanha para as eleições legislativas, devido à morte de Freitas do Amaral. Até meio da tarde de sexta-feira, haverá apenas duas “ações de contacto com militantes”, em Caldas da Rainha e em Setúbal.
Esta quinta-feira à noite, num jantar com apoiantes em Fânzeres, no concelho de Gondomar – que começou com um minuto de silêncio - Assunção Cristas anunciou que a partir das 15h00 de sexta-feira, dará por terminada a campanha eleitoral, de forma a “podermos todos que assim entenderem, participar nas exéquias”, disse a líder do CDS-PP.
“Da minha parte, estarei na missa amanhã, no Mosteiro dos Jerónimos, e cancelei a minha ida ao Vaticano, para assistir à imposição do barrete cardinalício a D. José Tolentino de Mendonça, para poder participar no funeral do sábado”, declarou Assunção Cristas.
Num discurso em que recordou o percurso de Freitas do Amaral no partido, e o contacto que pessoalmente teve com o fundador do CDS, enquanto professor universitário do qual foi aluna, Assunção Cristas lembrou a cisão de Freitas com o partido, mas realçou o que sempre os uniu: "um compromisso inabalável com a liberdade, com a democracia pluripartidária, com o primado dado à pessoa que deve estar no centro de qualquer política".
Aos militantes presentes lembrou que, "se estamos aqui todos juntos, é porque todos nos revemos nos princípios fundadores do CDS. Por isso também lhe estamos gratos”.
Freitas do Amaral, que “tanto lutou em campanhas eleitorais, merece este gesto, mas também merece que mantenhamos pequenas ações de contacto com o eleitorado, porque é nosso dever esclarecer o melhor que pudermos, olhos nos olhos, todos aqueles com quem nos cruzarmos, de forma sóbria e serena – como o momento impõe”, frisou Assunção Cristas.