12 dez, 2024 - 22:50 • Fátima Casanova , com redação
O Banco Central Europeu (BCE) decidiu esta quinta-feira cortar as taxas de juro em 25 pontos base. A DECO/Proteste fez as contas a quanto podem as famílias poupar no crédito à habitação.
No espaço de seis meses, é a quarta redução, colocando agora a taxa nos 3%. A medida vai ter reflexos na prestação da casa.
A taxa de juro alcança o valor mais baixo desde março do ano passado. Quem está a pagar o empréstimo, pode ter novo corte na prestação mensal.
Em declarações à Renascença, Nuno Rico, da DECO/Proteste apresenta vários exemplos de quanto podem as famílias portuguesas poupar no crédito à habitação com taxa variável com esta nova descida dos juros.
“Para um financiamento de 150 mil euros a 30 anos, com um spread de 1% [e Euribor a 12 meses], quem teve a sua prestação agora revista em dezembro já sente uma poupança de 130 euros em relação ao ano anterior. Confirmando-se uma descida na Euribor de igual magnitude a esta decisão do BCE, estaremos a falar aqui de uma poupança de 30 euros adicionais que irá sentir nos próximos meses. No global, estamos a falar de uma poupança de cerca de 160 euros para estas famílias”, sublinha.
Segundo o Banco de Portugal, para esta evolução co(...)
No caso de um empréstimo de 150 mil euros, com taxa Euribor a 6 meses, quem viu o contrato revisto em dezembro poupou 85 euros na prestação mensal e vai poupar mais cerca de 30 euros na próxima revisão.
Na Euribor a três meses, a poupança na última atualização foi de 40 euros e na próxima a prestação da casa poderá descer mais 20 euros.
Nuno Rico acredita que, em 2025, o BCE vai manter a política de cortes das taxas de juro de referência, embora sejam menos frequentes.
O economista da DECO/Proteste aconselha, por isso, os consumidores a estarem atentos às propostas dos bancos, no momento de contratar um empréstimo.
“A taxa variável tornou-se mais interessante, mas se o consumidor encontrar propostas de taxa mista em que o valor de fixação da taxa está um pouco abaixo da média da Euribor, poderá ser uma opção a considerar. Mas o nosso conselho neste momento, se optar por esse tipo de solução, é não optar por uma uma fixação superior a dois anos”, indica Nuno Rico, em declarações à Renascença.
As novas taxas de juro de referência decididas esta quinta-feira pelo BCE entram em vigor a 18 de dezembro.