12 dez, 2024 - 13:47 • Ana Kotowicz
O Banco Central Europeu (BCE) decidiu reduzir as suas três taxas de juro diretoras em 25 pontos base, naquele que foi o quarto corte deste ano. "O processo desinflacionista está bem encaminhado", lê-se no comunicado do BCE.
A justificar a descida, a terceira consecutiva, — e que já era esperada pelo mercado — está o caminho tomado pela inflação, já que tudo sugere que "a inflação estabilizará, numa base sustentada, em torno do objetivo de médio prazo de 2% do Conselho do BCE". No entanto, no comunicado, ressalva-se que a inflação interna desceu ligeiramente, mas permanece elevada, "sobretudo porque os salários e os preços em determinados setores ainda estão a ajustar-se, com um desfasamento substancial, à anterior subida acentuada da inflação".
Com esta decisão, o BCE deu mais um passo para pôr fim à política monetária restritiva para controlar a inflação. E os números apresentados são no sentido de que ela continuará próxima das metas estipuladas.
"Os especialistas do Eurosistema projetam que a inflação global se situe, em média, em 2,4% em 2024, 2,1% em 2025, 1,9% em 2026 e 2,1% em 2027", acrescentam, altura em que passará a estar em funcionamento o Sistema de Comércio de Licenças de Emissão da União Europeia alargado. Quando se olha para a inflação, sem os preços dos produtos energéticos e dos produtos alimentares, as projeções são ligeiramente diferentes: "uma média de 2,9% em 2024, 2,3% em 2025 e 1,9% em 2026 e 2027.
As taxas de juro aplicáveis à facilidade permanente de depósito, às operações principais de refinanciamento e à facilidade permanente de cedência de liquidez serão reduzidas para, respetivamente, 3,00%, 3,15% e 3,40%.
A descida em 25 pontos base terá efeitos a partir de 18 de dezembro de 2024.