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Porto de Roterdão

JP Morgan achava que tinha 1,3 milhões em reservas de níquel. No seu lugar encontrou pedras

21 mar, 2023 - 14:29 • Sandra Afonso

Quando o metal está armazenado em instalações registadas junto da bolsa londrina, como neste caso, recebe um selo automático de garantia de liquidez nas negociações.

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O banco norte-americano JP Morgan tinha depositado num armazém em Roterdão, nos Países Baixos, certificado pela bolsa de metais de Londres, 54 toneladas de níquel. Contudo, descobriu agora que o metal, avaliado em 1,3 milhões de dólares, foi substituído por sacos de pedras.

De acordo com a agência Bloomberg, o alerta surgiu depois de uma entrega de níquel a partir desse armazém, com o selo da London Metal Exchange (LME), a maior bolsa de metais do mundo em volume de negociação.

Quando o metal está armazenado em instalações registadas junto da bolsa londrina, como neste caso, recebe automaticamente um selo de garantia de liquidez nas negociações.

Este armazém, no porto de Roterdão, mudou de gestão várias vezes nos últimos anos, até ter sido vendido em janeiro à Global Capital Merchants.

Esta segunda-feira, o Wall Street Journal identificou o proprietário das toneladas de níquel substituído por pedras, o JP Morgan. O banco norte-americano deverá responsabilizar a Access World, uma das maiores empresas de gestão de armazéns portuários na cadeia logística de metais.

Este é mais um escândalo na maior praça de metais do mundo e nesta indústria, depois de a Trafigura, um dos maiores negociantes mundiais de matérias primas, ter denunciado perdas acima de 500 milhões de dólares, associadas ao desaparecimento de várias cargas de níquel.

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