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Presidente da CGD admite fechar mais balcões, mas não este ano

10 jan, 2023 - 14:16

Banco fechou 23 balcões no último verão. Uma medida que deverá permitir uma poupança de 10 milhões de euros por ano.

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Paulo Macedo diz que a atual rede de balcões da Caixa Geral de Depósitos cobre de forma adequada o território português e afasta, por isso, novos fechos em 2023. Contudo, a medida pode voltar a ser acionada, para manter o banco competitivo.

"A Caixa não tem previsto encerramentos para este ano, mas estará atenta ao mercado e garanto que não ficará a olhar para outros, não ficará a perder competitividade enquanto outros ganham rentabilidade para poderem comprar bancos por um euro", garantiu Paulo Macedo, em audição esta terça-feira na comissão parlamentar de Orçamento e Finanças.

São esclarecimentos aos deputados, a pedido do PS, depois de a Caixa ter fechado 23 balcões no último verão. Uma medida que deverá permitir uma poupança de 10 milhões de euros por ano, mantendo o banco balcões “a distâncias relativamente curtas da agência encerrada”, esclareceu o administrador José João Guilherme.

Paulo Macedo lembrou que a CGD tem o maior número de balcões entre os cinco maiores bancos e no país só o grupo Crédito Agrícola tem mais balcões do que Caixa.

Reforça ainda que o banco estatal continua com "mais balcões do que a Direção-Geral da Concorrência [da Comissão Europeia] tinha imposto" no plano de reestruturação aprovado em 2017. O que só foi possível graças aos resultados alcançados.

Paulo Macedo defende que "só uma pessoa tonta diria que não vai encerrar nada", mas garante que "não vai deixar populações abandonadas nem sair de concelhos".

O presidente executivo da Caixa sublinha ainda que "não segue critérios de rentabilidade", se assim fosse, fecharia balcões como os de Barrancos ou Vidigueira, o que não tenciona fazer.

Caixa não despede

A garantia é do presidente do banco estatal, questionado no parlamento sobre a redução de trabalhadores. Paulo Macedo defendeu que "há bancos que despediram, mas não é a Caixa”.

Ainda assim, a posição do banco sobe os trabalhadores é a mesma que tem sobre os balcões: há margem para reduções. “Um banco com seis mil pessoas numa era digital é algo que dificilmente se justifica”, diz Paulo Macedo.

O presidente da Caixa Geral de Depósitos lembra que a instituição tem programas voluntários de saída, com pré-reformas aos 55 anos e reformas por inteiro aos 60 anos, condições financeiras que considera muito favoráveis.

Este ano já começou com novas saídas. "Na primeira semana do ano, 170 pessoas pediram para sair da Caixa porque atingiram 55 anos", adiantou Paulo Macedo.

Em setembro de 2022, a CGD tinha 456 agências.


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