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Presidente da República antevê que 2023 vai ser “um ano muito difícil”

22 nov, 2022 - 15:44 • Lusa

A OCDE prevê que o crescimento económico português abrande de 6,7% este ano para 1% em 2023 e 1,2% em 2024, situando-se a inflação nos 8,3% em 2022, 6,6% em 2023 e 2,4% em 2024.

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O Presidente da República admite que 2023 vai ser "um ano muito difícil" ao comentar as projeções da OCDE que apontam para que o crescimento económico português abrande de 6,7% este ano para 1% em 2023.

"2023 vai ser um ano muito difícil. Ninguém sabe quão difícil. Depende de a guerra durar muito ou durar pouco, depende dos efeitos da guerra continuarem muito elevados ou não, depende de a inflação começar a descer ou não crescer, depende da resolução dos problemas da energia e do custo da energia", declarou Marcelo Rebelo de Sousa, considerando que "está todo o mundo consciente de que vai ser pior que 2022".

O chefe de Estado comentava, em Leiria, o relatório com as previsões económicas mundiais divulgado hoje pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE).

No documento, a OCDE prevê que o crescimento económico português abrande de 6,7% este ano para 1% em 2023 e 1,2% em 2024, situando-se a inflação nos 8,3% em 2022, 6,6% em 2023 e 2,4% em 2024.

"O crescimento real do PIB [Produto Interno Bruto] deverá diminuir de 6,7% em 2022 para 1% em 2023 e 1,2% em 2024, com a invasão russa da Ucrânia, as interrupções na cadeia de abastecimento, a alta dos preços da energia e o aumento das taxas de juro a penalizarem a atividade", lê-se no relatório com as previsões económicas mundiais ('Economic Outlook').

Marcelo Rebelo de Sousa disse ter recebido recentemente o presidente de um dos grandes grupos da indústria automóvel o qual lhe transmitiu que "já tinha começado a desacelerar a venda de automóveis na América e na Europa e que previa que fosse um problema a situação económica no primeiro semestre do ano que vem".

"Mas ninguém sabia se era só um semestre, se era mais do que um semestre, se era muito profundo, se era pouco profundo. Mas que há aí um problema económico há e que vai atingir - ele deu o exemplo - a Europa e os Estados Unidos da América", adiantou o chefe de Estado, considerando que, "provavelmente, atinge outras economias do mundo".

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