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Free Now quer integrar na app transportes públicos em Lisboa

04 nov, 2022 - 17:30 • Daniela Espírito Santo

CEO da plataforma de mobilidade veio à Web Summit garantir que a novidade, que já começou a ser implementada na Alemanha, irá chegar, eventualmente, a Portugal.

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A Free Now anunciou, esta sexta-feira, na Web Summit, que a sua plataforma de mobilidade passou a incluir serviço de transportes públicos, numa primeira experiência na Alemanha. A ideia, no entanto, é oferecer o mesmo serviço noutros pontos da Europa, incluindo Lisboa.

Numa conversa com a jornalista Catarina Carvalho, Thomas Zimmermann, CEO da empresa mais conhecida dos portugueses por providenciar TVDEs, garante que a Free Now é o primeiro privado a conseguir tal feito. "Queremos fazer isso em todos os países onde estamos", assegura, sem garantir, no entanto, uma data para a implementação de tal solução na capital portuguesa.

Esta experiência piloto está a ser implementada em parceria com a operadora de transportes públicos alemã Rheinbahn, e permite que, na mesma aplicação, seja possível arranjar um táxi, uma trotinete ou uma bicicleta, partilhar um carro ou reservar um bilhete de metro, elétrico ou autocarro. Tudo na mesma aplicação em cidades como Dusseldorf, Dortmund, Essen, Bochum, Wuppertal e Duisburg.

A solução faz parte da estratégia da empresa de melhoramento da mobilidade urbana, especialmente nas metrópoles. A cidade do futuro desenha-se assim, acredita Zimmermann: é uma cidade que dá "mais liberdade aos cidadãos para andarem como quiserem", uma cidade que nos dá "liberdade de escolha". Como trazer pessoas para esta nova realidade? Só há uma solução: "criar conveniência". "A alternativa ao carro próprio tem de ser conveniente, simples e acessível".

O objetivo de apps como o Free Now é "juntar todas as opções de mobilidade numa só aplicação": usar a mesma aplicação para pedir um táxi, arranjar uma trotinete, uma bicicleta ou partilhar um carro. É assim que surge a inclusão dos transportes públicos.

Será que a próxima cidade a receber esta solução será Lisboa? "Não sabemos ainda quando poderemos fazer essa integração em Lisboa, mas queremos. Já há algumas integrações possíveis por cá", diz.

"Quando estou em Lisboa vejo muitas oportunidades"

Para conseguir tal feito é preciso, primeiro, convencer as cidades a unirem esforços com uma empresa privada. "Nós estamos a criar soluções, mas só dá para acelerar esse processo se tal esforço for apoiado pelas cidades. Não dá para trabalharmos isolados. Temos de trabalhar em conjunto com as cidades".

"Temos de lhes mostrar que temos todos o mesmo objetivo. Depois, é preciso perceber qual é o estado em que estão as coisas no que diz respeito à mobilidade e o que se pode mudar, abrindo o diálogo", sublinha Thomas Zimmermann.

"Vai demorar, mas precisamos de começar agora. O facto de ser um caminho longo e complicado não nos pode demover".Antes disso, a prioridade tem de ser "resolver a crise das emissões de CO2", até porque o problema da mobilidade nas cidades "não se resolve de um dia para o outro".

Quanto a Portugal, Thomas foca o seu discurso em Lisboa e diz que o que gosta da cidade é que é "vibrante". "As pessoas movimentam-se muito. Quando estou em Lisboa vejo muitas oportunidades [de mobilidade]", admite.

"Vejo imensos carros não partilhados, por exemplo", reforça o CEO da Free Now, que acabou mesmo por comparar a capital portuguesa com Paris, no que à mobilidade diz respeito.

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