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Supermercados justificam erros nos preços com “oscilações quase diárias”

02 nov, 2022 - 14:46 • Carla Fino

APED adianta que está a colaborar as autoridades e garante que a situação ficará regularizada muito em breve. ASAE abriu 17 processos-crime contra super e hipermercados por discrepância entre os preços marcados e os preços efetivamente cobrados.

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A Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED) garante que a discrepância entre os preços marcados e os cobrados - e que levou a ASAE a abrir 17 processos-crime em super e hipermercados - é apenas pontual e não foi intencional.

À Renascença, o secretário-geral da APED, Gonçalo Lobo Xavier, explica que os erros detetados pela Autoridade de Segurança Alimentar e Económica, passam muito pela volatilidade dos preços, fruto dos tempo que vivemos.

“O que está a acontecer é que estamos a viver um período de muitas oscilações de preços, quase diárias, decorrentes do aumento do custos das matérias-primas e do custo que nos é passado pelos nossos fornecedores e que nesses 17 casos não tivemos a capacidade em operação de loja de alterar as etiquetas quando já o tínhamos feito nos sistemas informáticas e na passagem em caixa.”

A APED adianta que está a colaborar com a ASAE e garante que a situação ficará regularizada muito em breve.

"Nós temos estados a trabalhar com a ASAE, tanto nesta como em muitas outras situações e, portanto, estes 17 casos num universo de 300 são significativos para nós, porque um já era o suficiente para nós alertarmos os nossos associados”, afirma Gonçalo Lobo Xavier.

“Estamos a fazer todos os esforços para que estas situações não se repitam e estamos em contacto direto com a ASAE para que tudo corra pelo melhor e que a situação seja estabilizada nos próximos tempos", sublinha o secretário-geral da APED.

A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) abriu 17 processos-crime contra super e hipermercados por discrepância entre os preços marcados e os preços efetivamente cobrados.

As situações irregulares foram detetadas em todos o país e comunicadas ao Ministério Público, por incorrerem num ilícito criminal.

À Renascença, o inspetor-geral da ASAE revela que em causa estão, sobretudo, produtos alimentares. “Fizemos fiscalizações em cerca de três centenas de supermercados e hipermercados em todo o país, onde detetamos algumas situações de irregularidades que entram dentro do conceito da especulação objetiva - um desvio do preço entre o que está fixado e o preço de caixa que passa (mais alto)”.

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