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Juros

Juros poderão subir mais do que inicialmente esperado, avisa presidente da Reserva Federal dos EUA

02 nov, 2022 - 21:37 • Lusa

Jerome Powell admite que os dados económicos "sugerem que o nível final das taxas de juros será mais alto do que o esperado" e que a inflação nos EUA ainda está acima das previsões.

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O presidente da Reserva Federal norte-americana alertou esta quarta-feira que o nível final em que as taxas de juro se fixarão no fim do ciclo de aumentos poderá ser superior ao esperado, tendo em conta os dados económicos.

"Os dados recebidos desde a nossa última reunião sugerem que o nível final das taxas de juros será mais alto do que o esperado", disse Jerome Powell, em conferência de imprensa, após o fim da reunião de dois dias do Comité Federal de Mercado Aberto (FOMC, na sigla em inglês).

Jerome Powell reconheceu que a inflação nos EUA ainda está em níveis acima do esperado.

Ainda assim, abriu a porta à possibilidade de que os próximos aumentos de juros sejam inferiores a 75 pontos base, o que pode acontecer "na próxima reunião" ou "na próxima".

"O momento [para aumentos menores] está a aproximar-se e pode acontecer na próxima reunião", que será realizada em dezembro, "ou na próxima, mas ainda não foi tomada nenhuma decisão", disse.

O presidente do banco central norte-americano reconheceu, no entanto, que é muito cedo para falar em travar os aumentos das taxas, sendo ainda necessário "atingir aquele nível suficientemente restritivo" que irá permitir travar a inflação e impedir que se enraíze.

Powell reconheceu que ainda não existe um método científico para determinar em que ponto a inflação se instalou, mas explicou que, caso os juros subam demais, a sempre pode recorrer às ferramentas à sua disposição para estimular a economia.

A Fed anunciou hoje uma subida de 75 pontos base na sua taxa de juro, um aumento idêntico ao que tinha decidido nas três últimas reuniões, para um intervalo entre 3,75% e 4%.

Considera, assim, que serão apropriados "aumentos contínuos" nas taxas de juros, de forma a seguir uma política "suficientemente restritiva" para trazer a inflação de volta à meta de 2%.

"O Comité está fortemente empenhado em devolver a inflação ao seu objetivo de 2%", referiu a Fed, em comunicado.

A instituição explica que para determinar o ritmo de aumentos futuros irá ter em conta o aperto da política monetária, o impacto para a atividade económica e inflação e a evolução económica e financeira.

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