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Marcelo diz que "é importante portugueses" saberem que Governo não prevê recessão em 2023

05 out, 2022 - 18:35 • Lusa

O Presidente da República pediu que se fale a verdade sobre os efeitos da guerra na Ucrânia e se equacione medidas excecionais neste período, como aconteceu no combate à pandemia.

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O Presidente da República defendeu hoje que "é importante os portugueses saberem" que o Governo não prevê recessão no próximo ano, nem que a guerra tenha consequências "com a dimensão e o risco que outras economias estão a atravessar".

Marcelo Rebelo de Sousa foi questionado pelos jornalistas, em La Valletta, antes de um encontro bilateral com o seu homólogo polaco, a propósito das garantias deixadas hoje pelo primeiro-ministro, António Costa.

"É importante os portugueses saberem, não é o Presidente da República saber. O importante é que os portugueses saibam que o Governo prevê que não haverá recessão depois deste período de crescimento, que no ano que vem não se prevê. Prevê-se crescimento, ainda que mais modesto", referiu.

O chefe de Estado, que nas últimas semanas tem defendido que o Governo deveria apresentar o cenário macroeconómico que prevê para 2023, destacou ainda as garantias dadas por António Costa em outros dois planos.

"Por um lado, o controlo do défice orçamental e, por outro lado, expectativas de que a guerra, por muito que dure, não tem consequências que afetam a vida dos portugueses com a dimensão e o risco que outras economias estão a atravessar", afirmou Marcelo Rebelo de Sousa, que hoje chegou a Malta para participar, na quinta-feira, no 17.º encontro do Grupo de Arraiolos, que junta chefes de Estado da União Europeia com poderes não executivos.

Na terça-feira, no encerramento de um ciclo de conferências sobre a covid-19, na sede da União das Misericórdias Portuguesas, em Lisboa, o Presidente da República pediu que se fale a verdade sobre os efeitos da guerra na Ucrânia e se equacione medidas excecionais neste período, como aconteceu no combate à pandemia.

"Isso ajudou, ajudou até o espírito nacional que se criou, ultrapassando barreiras entre órgãos de soberania e entre forças políticas, económicas e sociais. Eu penso que na guerra deve ser exatamente o mesmo", acrescentou então Marcelo Rebelo de Sousa.

O primeiro-ministro afastou hoje um cenário "de não crescimento e menos ainda de recessão" no próximo ano, e antecipou que a economia vai "continuar a crescer acima da média europeia".

Falando aos jornalistas no final da cerimónia comemorativa dos 112 anos da Implantação da República, na Praça do Município, em Lisboa, António Costa afirmou que na segunda-feira o Governo vai apresentar o Orçamento do Estado para o próximo ano que "é um Orçamento que está ajustado às realidades".

"Este ano somos o país da União Europeia que teve um crescimento mais alto, no próximo ano a recessão em muitos países europeus nós necessariamente não somos imunes e, portanto, Portugal vai crescer menos do que cresceu este ano, mas não vamos ter nenhum cenário de não crescimento e menos ainda de recessão", salientou.

O chefe de Governo adiantou também que o ministro das Finanças, Fernando Medina, reunirá na sexta-feira "com todos os partidos representados na Assembleia da República, como está previsto no estatuto da oposição" e "será em primeira mão aos partidos da oposição" que o Governo vai apresentar o cenário macroeconómico, recusando antecipar dados concretos.

Comentários
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  • Cidadao
    06 out, 2022 Lisboa 13:13
    Fiquei mais interessado na indireta onde o Presidente falou no seu Poder de dissolver o Parlamento e convocar novas Eleições Legislativas, apesar da atual Maioria absoluta, e tal como já foi feito e também com Maioria absoluta, mas em que o presidente da altura (Jorge Sampaio) entendeu que a Maioria Absoluta então existente, "já não traduzia o sentir geral da População"... António Costa e alguns arrogantes PS, devem ter dormido mal esta noite ...
  • ze
    06 out, 2022 aldeia 11:00
    Mas alguém acredita?
  • raul Silva
    05 out, 2022 Agualva-Cacém 19:33
    O que o governo não prevê é o que acontece. Basta ter em conta a verdadeira inflação que, para o governo, é outra.

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