Emissão Renascença | Ouvir Online
A+ / A-

Empresas de dispositivos médicos pedem regime de exceção para produtos essenciais

04 out, 2022 - 12:35 • Anabela Góis , Olímpia Mairos

Milhares de produtos estão a ser vendidos abaixo do custo e apelam ao Governo para adotar medidas urgentes para o setor. "Há risco real de alguns destes dispositivos começarem a faltar".

A+ / A-

As empresas de dispositivos médicos pedem um regime de exceção - como o que foi criado para o sector das obras públicas - para poderem aumentar os preços de milhares de produtos que são essenciais para o diagnóstico e tratamento de doentes.

À Renascença, João Gonçalves da Apormed, a associação que representa o setor, diz que as empresas não conseguem suportar o aumento dos custos de produção e avisa que, apesar da alta concorrência no setor, há risco real de alguns destes dispositivos começarem a faltar.

“Alguns dispositivos, dependendo das empresas, cada empresa é uma realidade diferente, existe um risco real de alguns poderem sair do mercado ou serem descontinuados. Esse risco é real. Estamos a falar desde próteses ortopédicas, stents coronários, fios de sutura, cateteres, seringas, etc. etc.”

São milhares de produtos que, segundo a Associação Portuguesa de Dispositivos Médicos, estão a ser vendidos abaixo do custo. João Gonçalves apela ao Governo para adotar medidas urgentes para o setor.

“Passaria por se poder indexar os preços dos dispositivos médicos, que são sujeitos a concursos públicos, ao indexante da inflação. Isso era o mínimo que nós pedimos. Por outro lado, advogamos também que deveria existir um regime especial de revisão de preços provenientes da contratação pública igual ou similar aquilo que o Governo fez para as obras públicas e empreitadas”, explica.

Adicionalmente, a Apormed pede o fim da contribuição extraordinária sobre o setor, que é um imposto para os fornecedores de dispositivos médicos aos hospitais públicos criado em 2020 e que pode chegar aos 4%.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

Destaques V+