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Combate à inflação

Costa rejeita corte nas pensões. Bónus de meia pensão "não retira um cêntimo a ninguém"

07 set, 2022 - 12:31 • Redação

Oposição e associações consideram que o suplemento extraordinário é apenas um adiantamento do aumento previsto na lei e que, na prática, irá prejudicar os pensionistas.

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O primeiro-ministro recusou esta quarta-feira a ideia de um corte nas pensões, contrariando as críticas da oposição e das associações de reformados, que acusam o Governo de fazer um corte nas pensões “de forma encapotada” através da meia pensão extraordinária a ser paga aos pensionistas em outubro.

Oposição e pensionistas consideram que este bónus de meia pensão é apenas um adiantamento do aumento previsto na lei e que, na prática, recebê-lo irá prejudicar os pensionistas.

Em resposta às críticas, António Costa disse hoje que o aumento de 2024 só será definido daqui a um ano, garantindo que o pagamento deste suplemento "não retira um cêntimo" aos pensionistas e que em 2024 ninguém vai receber menos de pensão do que em 2023.

“Aquilo que quero reafirmar, primeiro, é que ninguém perderá um cêntimo relativamente àquilo que receberia até ao final de 2023, e mais, que em 2024 não vai receber menos do que recebeu em 2023”, começou por assegurar o primeiro-ministro, à margem da cerimónia de atribuição ao aeroporto de Faro da denominação agora oficial Aeroporto Gago Coutinho.

"O aumento que vai ocorrer em 2023 é um aumento que, somado a este suplemento extraordinário, não retira um cêntimo a ninguém, relativamente ao que está previsto na lei."

"O que nós estamos a fazer é [pagar] um suplemento extraordinário já em outubro, para responder àquilo que são as necessidades que as pessoas têm de imediatamente aumentar o seu rendimento. E daqui a um ano fixaremos o aumento para 2024", adiantou Costa.

“Perder pensões é, como já aconteceu no passado, cortar as pensões que as pessoas têm. É as pessoas estarem a ganhar hoje 100 e no dia a seguir estarem a ganhar menos de 100. Isto é que é corte. Aquilo que nós estamos a fazer, felizmente, não tem nada a ver com esse cenário."

O apoio aos pensionistas integra o pacote de medidas para as famílias fazerem face à inflação que Costa apresentou na segunda-feira. A medida angariou de imediato críticas e a Associação de Pensionistas e Reformados já fez saber que vai "contactar as instituições que podem recorrer ao Tribunal Constitucional".

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  • maria
    07 set, 2022 cortes de baixo 13:22
    Como os politicos se habituam a não dizer as verdades,arranjando sempre palavras ocas para enganarem o povo,basta ouvir os comentários de especialistas,e fiscalistas e economistas,só não vê quem não quer ver,talvez quem vota sempre neles.
  • Cidadao
    07 set, 2022 Lisboa 13:11
    As contas foram feitas por fiscalistas, por economistas e por pessoas especialistas nestas andanças, cujas palavras têm mais peso do que a palavra dum político malabarista que abriu o saco de truques - se nada perdem porque não se limitou a aplicar a lei e a dar os aumentos de 8,5 %? - e acha que somos todos parvos. Aliás bastou ver o desconforto, o nervosismo do pm, que ainda deve pensar que está nos tempos da "oposição" de Rui Rio e que ninguém iria fazer contas, quando veio apressadamente - e atabalhoadamente - desmentir os verdadeiros profissionais e falar pela enésima vez nos cortes de pensões de Pedro Passos Coelho, coisa irrepetível - que o digam os líderes PSD que vieram depois dele, que viram fugir-lhes um eleitorado que vale 3 milhões de votos e que sem ele não há vitórias eleitorais, quanto mais Maiorias - e que ficou tanto lá para trás que já faz parte da História.
  • Americo
    07 set, 2022 Leiria 12:32
    Não sr. primeiro-ministro. Não é suplemento extraordinário. É um adiantamento. E isto de andar a desrespeitar as leis (pensões e rendas) ao sabor do sr. primeiro-ministro não me parece nada "democrático". É só malabarismo. Mais , não nos tome por parvos. O valor em excesso arrecadado em iva por efeitos da inflação, supera o "pacotinho" anunciado.

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