Tempo
|
A+ / A-

Riqueza das famílias portuguesas disparou em 2020

03 ago, 2022 - 12:16 • Diogo Camilo

Inquérito do INE revela que a riqueza média das famílias cresceu 20% em relação a 2017, para 200 mil euros. Endividamento reduziu-se e fosso entre os 10% mais ricos do país e os outros 90% estreitou-se.

A+ / A-

A riqueza média das famílias portuguesas aumentou cerca de 20% entre 2017 e 2020 e está agora acima dos níveis de 2010, ainda antes da crise da última década.

Segundo o Inquérito à Situação Financeira das Famílias, divulgado esta quarta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística, a diferença entre os ativos e as dívidas das famílias subiu para 200,4 mil euros, enquanto a riqueza líquida mediana dos portugueses aumentou 31,3% nestes três anos, para 101,2 mil euros.

A subida, segundo o INE, é “consistente com o aumento dos preços no mercado imobiliário e o aumento dos depósitos das famílias neste período, especialmente acentuados desde a pandemia”.

No mesmo período, o valor médio de dívidas manteve-se nos 25 mil euros e o de ativos foi de 189,4 mil euros (mais 20 mil em relação a 2017), a que se somam 36 mil euros de ativos financeiros.

Os resultados do inquérito apontam ainda para uma ligeira redução da desigualdade entre 2017 e 2020, com o fosso entre os 10% mais ricos do país e os outros 90% a estreitar-se: as famílias com maior riqueza líquida acumulam agora 51,2% de toda a riqueza entre famílias, mas a percentagem desceu em relação a 2017 e está até abaixo dos níveis de 2010.

As famílias portuguesas continuam com uma clara preferência por serem proprietárias da sua residência, com apenas 2% das que vivem em casa própria a lamentar que preferiam ter arrendado uma habitação e 63,5% das famílias que arrendam a casa onde habitam a preferirem tê-la comprado, com a maioria a apontar que não o fez por não ter condições financeiras.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

  • Luis Oliveira
    03 ago, 2022 OLIVEIRA DE AZEMEIS 11:40
    ...Peço desculpa pela observação, este inquerito é mesmo de que País??? Incluiram que pessoas nesse inquerito? Vieram ao Norte ou ao interior profundo? Pura deturpação da realidade para "talvez" desviar as atenções de coisas que fazem no "Mundo Real"... Enfim...

Destaques V+