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Rússia entra em incumprimento pela 1.ª vez em 100 anos

27 jun, 2022 - 09:16 • Lusa

"É um sinal sombrio da rápida conversão da Rússia num pária económico, financeiro e político", refere a Bloomberg.

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Rússia entrou em incumprimento pela primeira vez em 100 anos, uma vez que o período de carência para o pagamento de quase 100 milhões de dólares em juros sobre a sua dívida soberana expirou, informou a Bloomberg.

O período de tolerância de 30 dias para os credores de Moscovo receberem o pagamento expirou no domingo.

Segundo a agência de notícias económica, esta situação é considerada um evento de suspensão de pagamentos e é o "culminar das sanções ocidentais cada vez mais severas (contra a Rússia pela sua "operação militar especial" na Ucrânia) que têm bloqueado os canais de pagamento aos credores estrangeiros".

"É um sinal sombrio da rápida conversão do país (Rússia) num pária económico, financeiro e político", disse a agência.

O G7 revelou que quer avançar com um novo pacote de ações coordenadas destinadas a aumentar a pressão sobre a Rússia por causa da sua guerra na Ucrânia, à medida que finalizarem os planos para um limite de preço do petróleo russo, disse esta segunda-feira um alto funcionário norte-americano.

Os líderes do Grupo das Sete Democracias ricas também assumirão um "compromisso de segurança sem precedentes e a longo prazo para fornecer à Ucrânia apoio financeiro, humanitário, militar e diplomático enquanto for necessário", incluindo o fornecimento atempado de armas avançadas, disse a Casa Branca numa nota informativa.

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  • Joao Oliveira
    27 jun, 2022 Edimburgo 10:16
    A notícia parece ter incorrecções- uma última vez que a Rússia falhou um pagamento foi durante a crise de 1998 (24 anos atras). Os motivos desta falha também não são claros, mas as autoridades Russas afirmam que o pagamento foi enviado, mas o banco responsável por efetuar a transferência dos fundos não está a concluir a mesma devido às sanções internacionais. Vamos esperar para ver o que é que importa mais - se assegurar que os credores recebem os seus juros, ou se seguir as sanções a risca.
  • Cidadao
    27 jun, 2022 Lisboa 09:33
    E eles bem querem lá saber disso, principalmente porque ganharam em todos os tabuleiros na última semana: militar, propaganda e divisão do Ocidente. No campo militar, apesar da resistência férrea dos valentes Ucranianos, conseguiram ocupar uma cidade estratégica rumo ao domínio de todo o Donbass, muito devido a uma superioridade esmagadora em artilharia e armas pesadas - que o Ocidente prometeu aos Ucranianos mas ou não passaram de promessas ou estão a chegar a conta-gotas e por isso pouco adiantam nas operações. Na propaganda, porque apesar das imagens de desespero e destruição, e apesar de alguns analistas atribuírem vitórias pouco mais que locais às forças Ucranianas, o que as pessoas veem é a Rússia a ganhar terreno todos os dias. Finalmente na divisão do Ocidente, em que o apoio à Ucrânia era optimo, desde que a gasolina não subisse, desde que a alimentação não subisse, desde que os preços não inflacionassem, desde que a Europa não fosse afastada do seu bem-estar. Atrás do Verão, vem o Outono e Inverno e não parece haver nada mais que um sem numero de reuniões pífias para encontrar alternativas aos combustíveis russos - esta é que era a verdadeira sanção: em vez de esperarem pela chantagem russa de fechar a torneira, fechavamo-la nós de imediato, mas para isso tinha de haver preparação. E não há. Assim o default há-de dar um abalo ao pífaro Russo, que vocês nem imaginam ...

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