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Portugal cai seis lugares no "ranking" de Competitividade Global

15 jun, 2022 - 10:40 • Diogo Camilo , Miguel Coelho

Entre 63 países analisados pelo IMD, Portugal fica na 42.ª posição e regista pontuações mais negativas nos campos da política fiscal e finanças públicas. Dinamarca é o novo país líder.

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Portugal caiu seis lugares no ranking de Competitividade Global deste ano, passando da 36.ª posição para a 42.ª, numa lista que avalia a economia de 63 países e é liderada pela Dinamarca.

O estudo é conduzido todos os anos pelo International Institute for Management Development (IMD) e revela que o país baixou em todos os indicadores analisados: no desempenho de económico (de 43.º para 46.º), na eficiência governativa (da 38.ª para a 43.ª posição), na eficiência empresarial (da 38.ª para a 42.ª) e em infraestruturas (passou de 27.º a 30.º).

Em comparação, esta é a pior posição de Portugal desde que o ranking é feito: em 2017, no primeiro ano de análise, o país era 39.º, tendo registado o seu melhor resultado no ano seguinte (33.º) e uma ligeira quebra no ano seguinte. O ano passado tinha sido de recuperação da trajetória, para o 36.º lugar.

Olhando a fundo para o estudo do IMD, Portugal regista pontuações mais negativas nos campos da política fiscal (56.ª posição), práticas de gestão empresarial (56.ª), economia doméstica (52.ª) e finanças públicas (50.ª), obtendo bons resultados a nível social (20.º), da saúde e do ambiente (23.º), da educação (26.º) e das infraestruturas científicas (28.º).

A nível mais específico, Portugal ocupa a penúltima posição em impostos pessoais reais, é 60.º entre 63 países analisados no que toca à formação de trabalhadores, tal como na resiliência económica, registando ainda pobres resultados em áreas como o preço dos combustíveis, cibersegurança ou a regulação laboral.

De maneira a enfrentar os problemas, o IMD indica objetivos para Portugal como o crescimento económico sustentável e acima da média europeia, a implementação da uma estratégia nacional para promover a literacia financeira e o empreendedorismo, a transição digital e energética das empresas, além de reformas estruturais do sector público e soluções para os problemas demográficos.

O ranking deste ano é liderado pela Dinamarca, que subiu em relação ao terceiro lugar do ano passado, surgindo como o “país mais avançado do mundo a nível digital”. A Suíça, que liderava a lista, é agora 2.ª, seguida de Hong Kong no terceiro lugar. Os EUA estão em 10.º, enquanto a vizinha de Portugal, a Espanha, é 38.ª.

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