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Combustível. Revendedores dizem que aumento dos preços é "prejudicial" para o setor

05 mar, 2022 - 13:11 • Sofia Freitas Moreira

Segundo a Associação Nacional de Revendedores de Combustíveis, as medidas de mitigação económica apresentadas pelo Governo, como o bónus no Autovaucher de 20 euros, não solucionam os problemas do setor.

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A Associação Nacional de Revendedores de Combustíveis (ANAREC) considera que o aumento do preço dos combustíveis é prejudicial e que as medidas de mitigação económica apresentadas pelo Governo, como o bónus no Autovaucher de 20 euros, não solucionam os problemas do setor.

Em comunicado enviado à comunicação social, a ANAREC explica que o aumento do preço dos combustíveis são contraproducentes, "uma vez que as suas margens são fixas em cêntimos, e não percentuais, o que implica menor lucro pois o aumento implica menor quantidade de litros vendida".

"Por outro lado", continua a associação, "o aumento vem deixar ainda mais desprotegidos e em situação financeira preocupante os chamados “postos de fronteira” pois acentuar-se-á a diferença dos preços para os preços praticados em Espanha".

Do ponto de vista da análise das medidas anunciadas, a ANAREC "conclui que as mesmas são insuficientes e mais uma vez de caráter temporário que não permitem uma solução definitiva do verdadeiro problema do preço dos combustíveis que é a carga fiscal pesadíssima que incide sobre gasolina e gasóleo. As medidas ora anunciadas, bónus no Autovoucher de 20€ em Março, alargamento até junho da devolução do ganho extra de IVA com o ISP e congelamento do aumento da taxa de carbono, também, até Junho, em quase nada irão aliviar ou solucionar os problemas do setor".

Já no caso dos transportes públicos, a ANAREC diz que se verifica "um aumento do apoio por parte do Governo aos táxis e autocarros e não inclui os transportadores e distribuidores de produtos essenciais como é o caso dos distribuidores de garrafas de gás".

Em suma, "uma vez mais o Governo toma medidas que não solucionam a dinâmica do mercado dos combustíveis nem previnem eventuais aumentos que possam ocorrer de futuro", lê-se ainda no comunicado.

A ANAREC reitera o que já deixou dito nas suas várias intervenções, "para este enorme aumento dos preços impunha-se uma diminuição significativa dos impostos ao nível do ISP para que o aumento se esbatesse no preço no ato do abastecimento".

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