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Alcançado Acordo Coletivo de Trabalho na Altice que prevê aumentos salariais

22 dez, 2021 - 15:22 • Maria João Costa , Carla Fino

As novas medidas são aplicadas a partir de 1 de janeiro. Entre as alterações, assinadas esta quarta-feira na revisão do Acordo Coletivo de Trabalho, está escrito que aos salários mais baixos é garantido um vencimento mínimo de 760 euros.

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A partir de 1 de janeiro de 2022, haverá aumentos salariais de 15 euros/mês para todos os trabalhadores no ativo da Altice Portugal. Esta é uma das medidas aprovadas na revisão do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) assinado esta quarta-feira entre a empresa e as associações sindicais.

Segundo um comunicado da Altice, no decorrer do processo negocial foi também fixado que aos salários mais baixos é garantido um vencimento mínimo de 760 euros.

A renovação do acordo foi assinada entre João Zúquete da Silva, o chief corporate officer da Altice Portugal, e os sindicatos.

O processo negocial entre a empresa de comunicações e um conjunto alargado das estruturas representativas dos trabalhadores da Altice Portugal foi “pautado pela valorização do diálogo, do esclarecimento, da transparência e da criação de plataformas e sinergias de compromisso entre as partes”, diz a empresa de telecomunicações.

Entre outras medidas estabelecidas no acordo está prevista a “garantia de movimentos de evolução na carreira profissional, com base nos princípios da meritocracia”, bem como a “manutenção dos planos de saúde e dos benefícios de comunicações”.

Ficou também estabelecido um “reforço das medidas de premiação e acompanhamento na passagem à reforma”, bem como ser dada “continuidade às políticas ativas de responsabilidade social interna e de respeito pela diversidade”.

“Compromisso sério com o diálogo social"

A empresa reafirma também o seu “compromisso sério com o diálogo social, o estreitar de relações com as estruturas representativas e, mais importante, a consensualização de medidas que contribuam para a melhoria do bem-estar dos seus trabalhadores”.

“Num ano exigente e ambicioso”, como lhe chama a empresa, a revisão do ACT é vista por João Zúquete da Silva como a “prova do compromisso da Altice Portugal em servir a comunidade de trabalho e permitir a melhoria das condições laborais dos trabalhadores da Altice Portugal”.

O responsável que aponta como uma das “prioridades” da empresa, a “estabilidade dos Recursos Humanos”, refere também que apostam “na gestão responsável de Recursos Humanos, pedra basilar da visão estratégica para o negócio” em que operam.

Para a Altice Portugal, “esta revisão do ACT é mais uma prova do compromisso da Altice Portugal com os seus trabalhadores e reflete a partilha de princípios e valores idênticos no que diz respeito à estabilidade laboral e à promoção do Diálogo Social na Empresa, pilares-chave da estratégia do Comité Executivo da Empresa”.

Para o presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Grupo Portugal Telecom, Jorge Félix, este acordo agora assinado é, sobretudo, um sinal para retomar o diálogo.

"Não há razões" para despedimentos

Em declarações à Renascença, Jorge Félix espera que a empresa não se esqueça dos trabalhadores e que não voltem a acontecer despedimentos.

"Temos essa esperança que a questão dos despedimentos, porventura, não volte a acontecer na nossa empresa. Não há razões para isso, há outras alternativas. Durante 25 anos, conseguimos reduzir postos de trabalho sem qualquer situação de dramatismo e extremamente grave como é o despedimento."

"Queremos acreditar que, com a nossa assinatura, será possível dar esta ideia de voltar a tentar dialogar e tentar resolver os problemas dos trabalhadores e de engrandecimento da empresa de uma forma mais serena, moderada e dialogante", sublinha o presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Grupo Portugal Telecom.

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