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Moedas pede intervenção do Governo para resolver greves no Metro. "É triste para Lisboa"

02 nov, 2021 - 09:36 • Redação

O autarca reafirma a intenção da cidade ter transportes públicos gratuitos para "para os mais novos e para os mais velhos".

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Carlos Moedas: "O Governo tem que resolver a situação com o Metro"
Carlos Moedas: "O Governo tem que resolver a situação com o Metro"

Face à sucessão de greves no Metro de Lisboa, que esta semana coincidem com a realização da Web Summit, Carlos Moedas pede a intervenção do Governo para minimizar os efeitos destas paralisações.

"Acho que o que se está a passar esta semana é triste. É triste para Lisboa porque é a imagem de todos nós. Portanto, acho que o Governo tem que resolver a situação com o Metro", disse em entrevista à Renascença.

Lembrou ainda que não tem responsabilidade sobre a empresa, mas assegura que estão a apoiar, reforçando as carreiras da Carris.

Mais tarde, durante uma conferência de imprensa, Carlos Moedas, insiste no tema, apesar de reconhecer que a greve é um direito absoluto dos trabalhadores. “É realmente uma pena que o Governo não tenha conseguido resolver a situação antes da semana da Web Summit.”

“Eu comecei agora e não tive ainda o tempo para me inteirar de todas estas situações, mas a minha pressão no Governo será sempre máxima em relação a estes assuntos e, sobretudo, nestas alturas, tenho muita pena, sem dúvida”, sublinha.

O autarca reafirmou, esta terça-feira, que Lisboa terá transportes públicos gratuitos para "para os mais novos e para os mais velhos".

"É uma grande prioridade para mim", revelou à Renascença quando confrontado com a sua promessa eleitoral. "Estou convencido que a primeira medida que temos que tomar é os transportes públicos gratuitos para os mais novos e para os mais velhos", frisou o atual presidente da Câmara de Lisboa.

Questionado sobre a data de implementação da medida, Moedas adiantou que não está ainda definida, até porque precisa do apoio de todos os vereadores do executivo.

"Mas acho que é uma medida não politizada e que vamos conseguir com a unanimidade de todos, porque todos concordam que é a melhor medida que temos para a descarbonização da cidade", sublinhou.

Já quanto às ciclovias, o autarca reforçou que o problema não são as bicicletas, mas "ciclovias mal feitas que põe em perigo a vida dos ciclistas".

"Quero que os meus filhos possam andar na rua e que eu não tenha problema com isso. E, portanto, há ciclovias que vamos ter que mudar", disse.


"Queremos transformar Lisboa na capital da inovação"

No segundo dia da maior cimeira de tecnologia do mundo, Carlos Moedas defendeu os benefícios da feira tecnológica para Lisboa. "Ao trazer todas estas pessoas a Lisboa, neste momento, elas não só gastam o seu dinheiro em Lisboa, como investem na cidade", esclareceu.

O próximo passo, garante, “é a estruturação dessas pessoas, para poderem viver e criar empresas em Lisboa”.

“Temos que trabalhar muito nos detalhes. Nenhum de nós chega àquilo que quer sem trabalhar os detalhes, os processos. Nós vamos construir isso em Lisboa. Uma fábrica de processos para que as empresas cresçam, criem emprego e não sejam apenas uma ideia”, referiu o autarca.

“A inovação não é uma invenção é muito mais do que isso. Queremos transformar Lisboa numa capital da inovação do mundo”, garantiu.

Para Carlos Moedas, trata-se de “um compromisso com a inovação, com a diversidade da cidade”. “Só inovamos com essa diversidade, que vem de todos os países, de todas as religiões”.

Sobre a necessidade de expansão da FIL (Feira Internacional de Lisboa) para acolher a Web Summit nos próximos anos, Moedas adianta “é um problema” que tentará resolver.

“Obviamente vou tentar resolvê-lo. Ainda ontem falei com o senhor ministro da Economia. Comecei agora, portanto estou a olhar para todos os dossiers, mas acho que vamos encontrar uma solução”, esclareceu, sem adiantar mais pormenores.

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  • antonio
    02 nov, 2021 alverca 13:45
    Com o ministro que tutela o metro ser de extrema esquerda, como pode obrigar preguiçosos que ganham acima da média ( muito acima) a trabalhar?? o ministro gosta de brincar aos aviões,,,, triste povo este

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