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João César das Neves

Patrões fora da concertação. É "gravíssimo" e revela "falta de respeito pelo eleitorado e pela economia"

22 out, 2021 - 21:26 • Redação

Economista regista que, "por razões iminentemente ideológicas, de jogada puramente de Parlamento, por causa do Orçamento, nós temos a nossa lei laboral nas mãos dos extremistas de esquerda". "Não passa pela cabeça de ninguém".

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O economista João César das Neves considera "gravíssimo" o facto de as confederações empresariais terem decidido abandonar "de imediato" a concertação social.

Em causa estão as novas medidas apresentadas pelo Governo que serão acrescentadas ao pacote de revisões do Código de Trabalho e que não estavam contempladas na Agenda do Trabalho Digno apresentada na concertação social.

Para os patrões, é uma atitude que revela "total falta de respeito".

No seu habitual espaço de comentário das sextas-feiras na Renascença, César das Neves assinala que "nós temos uma lei laboral muito estranha e um mercado de trabalho com vários sintomas de doença" e, agora, "por razões iminentemente ideológicas, de jogada puramente de Parlamento, por causa do Orçamento, nós temos a nossa lei laboral nas mãos dos extremistas de esquerda".

"Isto não passa pela cabeça pela cabeça de ninguém. É espantosa a falta de respeito pelo eleitorado, pela economia", conclui João César das Neves.

Comentários
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  • Cidadao
    23 out, 2021 Lisboa 19:10
    Enquanto tiverem ideias de "competitividade e relançamento empresarial" à custa de precariedade, baixissimos salários, e despedimentos livres e gratuitos, tudo acompanhado de isenções de impostos e "garantias de escoamento de produção" - leia-se o Estado pagar mesmo que não vendam - fazem uma falta como a fome, na dita "concertação social"
  • Maria Oliveira
    22 out, 2021 Lisboa 21:28
    A falta de respeito deste (des)Governo e, em especial, do que exerce o cargo de primeiro-ministro, é habitual e generalizada. Não olham a meios para atingir fins, o que diz muito sobre o carácter desta gente. O que lhes interessa é a manutenção do poder. O País não lhes interessa nada.

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