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Ouro digital (e liberal)

04 out, 2021 - 17:37 • Fábio Monteiro , Inês Rocha

As criptomoedas têm filiação partidária? Ligada na génese ao movimento Occupy e ao espírito "cypherpunk", a bitcoin parece ser hoje mais um ativo neoliberal que anárquico. Apesar da desconfiança em torno do ouro digital, há organizações não-governamentais que acreditam que a tecnologia "blockchain" pode ser utilizada “para o bem”.

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Ouro digital e liberal
Ouro digital e liberal

Clique em cima para ouvir o quarto episódio

Em 2008, a crise do subprime e a publicação do paper que deu origem à bitcoin ocorreram quase em simultâneo. Menos de 30 dias, na verdade, separam estes dois acontecimentos.

Se é errado estabelecer uma correlação, é inegável que a conjuntura – a falência do banco Lehman Brothers – impulsionou a ideia de um sistema financeiro “descentralizado, de confiança e anónimo”.
Neste episódio, o cientista político Edemilson Paraná, autor do livro “Bitcoin: a utopia tecnocrática do dinheiro apolítico”, explica a ideologia liberal que subjaz às criptomoedas.
E o economista João Duque alerta para aquilo que chama de “uma cegueira”: quem vê nas criptomoedas uma forma de acabar com o sistema, não percebe que “acabar com o sistema é ceder, dar o poder financeiro de bandeja a uma entidade anónima, que não conhece de lado nenhum”.
Pedro Pedrosa, Diretor de Operações da Gaia Education, fala de projetos sociais que já utilizam a tecnologia blockchain “para fazer o bem”. Por exemplo: a criação de moedas locais – uma ideia que José Azevedo, do Livre, lançou nas eleições autárquicas de 2017.

Já Ricardo Sousa, CEO da Century 21, explica como a blockchain pode revolucionar o mercado imobiliário, desmaterializando os contratos de compra e venda.

Se não ouviu os primeiros três episódios, pode fazê-lo aqui.

Antes de meter os auscultadores, quer refrescar a memória sobre alguns dos termos mais comuns quando falamos de bitcoin ou blockchain?

Leia aqui nove perguntas e respostas essenciais para compreender a série.

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