09 set, 2021 - 10:55 • Fátima Casanova , Olímpia Mairos
Os sindicatos da função pública não abdicam de aumentos salariais. A reação surge após a entrevista da ministra da Administração Pública à Renascença, em que Alexandra Leitão admitiu que não se podia comprometer com aumentos, como tinha prometido.
Segundo a governante, a prioridade na administração pública nos próximos anos é a valorização dos técnicos superiores – uma prioridade, que na opinião de Sebastião Santana, coordenador da Frente Comum, é injusta.
“Esta valorização exclusiva para técnicos superiores da administração pública é profundamente injusta e não terá, de forma nenhuma, o nosso acordo”, afirma à Renascença.
Segundo o coordenador da Frente Comum, “em causa estão muitos milhares de trabalhadores, de muitas outras carreiras que não apenas a de técnico superior”, que veem a sua carreira a ser “desvalorizada e os seus salários a serem limitados por um sistema de avaliação e pelas políticas de não aumentos salariais há mais de uma década”.
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Já para a Federação dos Sindicatos da Administração Pública (Fesap), depois das declarações da ministra, não resta outra alternativa que não seja reunir urgentemente com o Ministério das Finanças.
“O melhor será manter viva a expetativa de que rapidamente no possamos reunir com o Ministério das Finanças a quem vamos enviar o nosso caderno reivindicativo. Pode ser que por aí tenhamos mais sucesso”, declara José Abrão.
O secretário-geral da Fesap adianta, no entanto, que “não vamos abdicar, 11 anos depois, de continuarmos a insistir nos aumentos dos salários”.