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​Herdade nega crime ambiental em albufeira de Almodôvar

30 ago, 2021 - 17:57 • Redação

Empresa garante que o nível de água “encontra-se atualmente a dois metros acima do nível mínimo ecológico" e nega aumento da capacidade de bombagem.

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A Herdade dos Toucinhos nega ter cometido qualquer “crime ambiental” na barragem da Boavista, em Almodôvar, no distrito de Beja, em resposta a acusações feitas na semana passada pela Associação Portuguesa de Carp Fishing (APCF).

A administração da herdade alentejana refere, em comunicado, que “tais acusações são falsas, especulativas e sem qualquer fundamento”.

A Herdade dos Toucinhos, que é a entidade concessionária atribuída pela Agência Europeia Portuguesa do Ambiente (APA) e pela Direção-Geral de Agricultura (DGADR) para a festão da água de rega do perímetro da Boavista, garante que “a sua atuação respeita todos os requisitos, procedimentos e normas legais”.

Perante as acusações de ser responsável pelo atual baixo nível da albufeira de Almodôvar e também de um alegado aumento de capacidade de bombagem, a empresa faz um esclarecimento e um desmentido.

Garante que o nível de água “encontra-se atualmente a dois metros acima do nível mínimo ecológico, até ao qual a água pode ser extraída”. Este nível foi definido por técnicos do DGADR, em cooperação com a APA, e é monitorizado pelos técnicos da herdade.

“Relativamente à suposta colocação de mais bombas, informa a Herdade que a capacidade de bombagem instalada desde 2016 é suficiente para o seu uso sustentável de água de rega. A operação documentada nas fotografias publicadas pela Associação Portuguesa de Carp Fishing mostram uma intervenção de reparação e manutenção que são decorrentes do normal uso do sistema”, sublinha o comunicado.

A Herdade dos Toucinhos adianta que está “empenhada na agricultura sustentável e no respeito pelas suas obrigações ambientais – algo que sempre fez e continuará a fazer”.

Construída em 1989, a barragem da Boavista tem “como objetivo primordial armazenar água para utilização no regadio de campos (extremamente) secos e assim reconverter, desenvolver e estimular a economia agrícola local”, salienta a empresa.

“Desde 2016, a Herdade dos Toucinhos tem utilizado este recurso hídrico e plantou 82 hectares de vinhas, investindo em infraestruturas associadas e, consequentemente, criou 25 postos de trabalho locais permanentes, juntamente com muitos indiretos”, refere o comunicado.

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  • Bruno
    30 ago, 2021 aqui 19:36
    Uma herdade com mais de 82 hectares emprega apenas 25 trabalhadores. É este o modelo de desenvolvimento que queremos? Agricultura hiper-intensiva que tem um enorme impacto no ambiente, que é um bem de todos nós, para que um punhado de agrobetos enriqueça? Cada trabalhador trabalha, em média, em 3,2 hectares. Um absurdo!

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