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Poupança das famílias atinge máximo de 14,2% do rendimento disponível

24 jun, 2021 - 13:53 • Lusa

Segundo o INE, os dados refletem a redução do consumo privado durante os primeiros três meses do ano, em que foi decretado confinamento devido à pandemia.

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A taxa de poupança das famílias aumentou para 14,2% do rendimento disponível no primeiro trimestre, período de confinamento devido à covid-19, atingindo o valor mais alto das séries das contas nacionais do INE, divulgou esta quinta-feira o instituto.

"No 1.º trimestre de 2021, a capacidade de financiamento das famílias aumentou 1,0 pontos percentuais (p.p.), para 7,0% do PIB [Produto Interno Bruto] e a taxa de poupança fixou-se em 14,2% (12,8% no trimestre anterior), atingindo-se em ambos os casos os valores máximos nas atuais séries de Contas Nacionais", indica o Instituto Nacional de Estatística (INE).

Os dados refletem sobretudo a redução do consumo privado durante os primeiros três meses do ano, em que foi decretado confinamento devido à pandemia.

A taxa de poupança das famílias de 14,2% do rendimento disponível "foi consequência da redução de 1,7% da despesa de consumo (variação de -1,5% no trimestre anterior), que mais do que compensou a ligeira diminuição de 0,1% do rendimento disponível", realça o instituto nas Contas Nacionais Trimestrais por Setor Institucional.

A taxa de variação do rendimento disponível das famílias resultou de um aumento das remunerações e prestações sociais em 0,2 e 0,1 p.p., respetivamente, e de uma redução de 0,2 p.p. das outras transferências correntes, enquanto o saldo positivo dos rendimentos de propriedade registou uma ligeira redução que se traduziu num contributo negativo de 0,1 p.p.

O INE refere que, em contas nacionais, "as moratórias relativas ao pagamento de juros de empréstimos concedidas pelo setor das sociedades financeiras não têm impacto no saldo de rendimentos de propriedade, uma vez que o SEC 2010 [Sistema Europeu de Contas Nacionais e Regionais] determina o registo destes fluxos no momento devido, mesmo que não tenham sido efetivamente pagos".

O investimento, que corresponde essencialmente a Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) em construção pelas famílias, registou um aumento de 1,3% no 1.º trimestre de 2021, contra 0,6% no trimestre anterior, indica o instituto.

O rendimento disponível bruto das famílias (RDB) ajustado "per capita" fixou-se em 16,5 mil euros no ano terminado no 1.º trimestre de 2021, o que representou um aumento de 0,1% face ao trimestre anterior, enquanto o PIB nominal per capita diminuiu 0,8% no mesmo período.

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