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Patentes. Pedidos com origem em Portugal caem 8,5% em ano de pandemia

16 mar, 2021 - 13:40 • Lusa

Universidade do Minho lidera a lista, seguida pela A4TEC – Associação para o Progresso da Engenharia de Tecidos e Tecnologias e Terapias de Base Celular e pelo Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência do Porto.

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Os pedidos de patente com origem em Portugal junto do Instituto Europeu de Patentes (IEP) caíram 8,5% em 2020, para 249, sendo este o segundo valor mais alto de que há registo e liderado pela Universidade do Minho.

Os dados constam do Índex de Patentes de 2020, publicado nesta terça-feira e que revela que “os pedidos de patente com origem em Portugal junto do IEP caíram 8,5% em 2020 durante a pandemia, pondo fim a dois anos consecutivos de crescimento acentuado”.

Esta descida compara com subidas de 23,1% em 2019 e de 47,3% em 2018.

“No ano passado, as empresas, institutos de investigação e universidades portuguesas apresentaram 249 pedidos de patente junto do Instituto Europeu de Patentes – em 2019 foram apresentados 272 –, o que continua a ser o número mais alto de que há registo”, indica esta entidade europeia em comunicado.

Região Norte em destaque

De acordo com o Índex de Patentes de 2020, a Universidade do Minho registou o maior número de pedidos de patente entre os requerentes portugueses, com 20 pedidos de patente junto do IEP em 2020.

Seguiram-se a A4TEC – Associação para o Progresso da Engenharia de Tecidos e Tecnologias e Terapias de Base Celular com 14 pedidos de patente, o Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência do Porto com 12 pedidos e ainda a empresa tecnológica Saronikos Trading and Services e a Universidade de Évora, ambas com sete pedidos cada uma.

“Em contraste com a maioria dos países europeus, no ‘top’ cinco de requerentes portugueses figuram quatro laboratórios de investigação e instituições académicas”, observa o IEP na nota de imprensa, destacando a “relevância das patentes europeias na proteção dos investimentos em investigação e desenvolvimento feitos pelas instituições académicas”.

Em termos regionais, a grande parte (56,2% do total) destes pedidos portugueses foram feitos por entidades ou empresas da região Norte, seguida de Lisboa (16,1%) e do Centro (15,7%).

Em toda a Europa, o número de pedidos de patente submetidos ao IEP desceu 0,7% em 2020 face ao ano anterior, para um total de 180.250, ligeiramente abaixo do recorde alcançado em 2019 (181.532).

E em termos setoriais, as maiores subidas destes pedidos de patentes verificaram-se nas inovações em cuidados de saúde.

“De entre as principais áreas técnicas, no geral e em todos os países, a farmacêutica (+10,2%) e a biotecnologia (+6,3%) foram as que mais cresceram em termos de pedidos de patente, refere o IEP, indicando ainda que “a tecnologia médica (+2,6%) foi a área que registou o maior número de invenções em 2020”.

E à semelhança de 2019, também em 2020 houve maior crescimento nos pedidos de requerentes chineses (+9,9%) e sul-coreanos (+9.2%), enquanto os pedidos de patente com origem na Europa desceram 1,3% em relação ao ano anterior.

Foi a tecnológica sul-coreana Samsung que liderou estes pedidos de patentes na Europa no ano passado (3.276), seguida pela fabricante chinesa Huawei (3.113), pela companhia de eletrodomésticos sul-coreana LG (2.909), pela norte-americana de ‘chips’ Qualcomm (1.711) e pela empresa sueca de telecomunicações Ericsson (1.634).

Criado em 1977, o IEP reforça a cooperação entre países europeus no âmbito das patentes.

Através de um procedimento centralizado, o IEP disponibiliza patentes válidas em 44 países e que abrangem um mercado de 700 milhões de pessoas.

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