03 mar, 2021 - 13:39 • Redação
A partir desta quinta-feira, os 2.400 trabalhadores da Groundforce podem começar a receber os salários de fevereiro, que não foram pagos no devido tempo.
A garantia foi dada pelo acionista maioritário da empresa, Alfredo Casimiro, que se juntou ao protesto de trabalhadores realizado esta quarta-feira, à porta da empresa.
“Acreditamos que até ao final do dia cheguemos a um acordo escrito com o Ministério das Infraestruturas e Habitação e a Pasogal, no sentido de desbloquear uma verba de seis milhões de euros”, disse Casimiro, acrescentando que “se hoje ficar assinado o acordo, amanhã a situação estará resolvida”.
Luisa Borba, da comissão de trabalhadores, diz que “a decisão já devia ter sido tomada a semana passada, nem devíamos ter chegado ao ponto de não haver salários”.
“Nós somos parte do grupo TAP, o grupo TAP tem 75 anos e em 75 anos isto nunca aconteceu”, refere.
A representante dos trabalhadores esclareceu ainda que, na reunião com a tutela, “toda a situação e o desbloqueio ficou efetivamente nas mãos do acionista maioritário, no desbloqueio das suas ações”. Luisa Barbosa considera, por isso, que a presença do acionista maioritário no protesto não faz sentido.
“Tudo o que aconteceu aqui parece-nos de alguma forma uma provocação por parte do acionista maioritário. Se ele queria falar com a comunicação social, tinha chamado a comunicação lá dentro”, argumenta.
Este foi o segundo dia de protesto de trabalhadores.
Detida em 49,9% pela TAP, a Groundforce presta assistência em terra às companhias aéreas nos aeroportos.