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Preços das casas a descer, mas não da mesma forma em todo o país

02 fev, 2021 - 12:46 • Lusa

Em 12 subregiões, houve uma desaceleração mais forte que no resto do país. Em Lisboa, os preços sofreram alguma contração, mas mantiveram-se acima da média nacional. Mas há mais a reter dos números do INE.

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Os preços das casas diminuíram 1,8% em Lisboa no terceiro trimestre de 2020, quando comparado com o mesmo período de 2019. Mas aumentaram 7,6% em todo o país, divulga o Instituto Nacional de Estatística (INE) nesta terça-feira.

"No 3.º trimestre de 2020 (últimos três meses), o preço mediano de alojamentos familiares em Portugal foi 1.168 euro/m2, o que representa uma redução face ao segundo trimestre (-1,6%), mas um aumento relativamente ao terceiro trimestre de 2019 (+7,6%)", pode ler-se nas Estatísticas de Preços da Habitação ao nível local.

Segundo o instituto, "Lisboa foi o único dos 24 municípios com mais de 100 mil habitantes com contração homóloga dos preços da habitação (-1,8%) e outros nove registaram também uma desaceleração dos preços", sendo esses concelhos Sintra, Seixal, Leiria, Odivelas, Matosinhos, Amadora, Braga, Cascais e Barcelos.

Nestes, a maior desaceleração superior ao padrão nacional (-1,8 pontos percentuais) verificou-se na Amadora (-9,3 p.p.), seguindo-se Cascais (-8,9 p.p.) e Lisboa (-8,1 p.p.), que registou uma descida de preços.

Por outro lado, "os municípios de Almada (+12,5 p.p.), Porto e Funchal (ambos com +10,5 p.p.) registaram os maiores ritmos de crescimento dos preços entre o 2.º e 3.º trimestre de 2020".

No terceiro trimestre, a evolução da taxa de variação homóloga dos preços da habitação ao nível nacional, "de 9,4% para 7,6%, evidencia a desaceleração do ritmo de crescimento dos preços da habitação, tal como no trimestre anterior", de acordo com o INE.

"No período em análise, as sub-regiões do Algarve, Área Metropolitana de Lisboa, Região Autónoma da Madeira e Área Metropolitana do Porto registaram, simultaneamente, um preço mediano de alojamentos familiares – 1.806 Euro/m2, 1.650 Euro/m2, 1.332 Euro/m2 e 1 264 Euro/m2, respetivamente – acima do valor nacional e taxas de variação homóloga – +7,7%, +10,6%, +12,2% e +13,7%, respetivamente – mais expressivas que as registadas no país", pode ler-se no documento do INE.

O INE assinala ainda que, entre as 25 NUTS III do país, "destaca-se, com o maior crescimento homólogo, o Alto Alentejo (+41,1%) que também é a sub-região que registou o menor preço mediano de venda de alojamentos familiares (450 Euro/m2)".

No total, houve 12 subregiões que registaram uma desaceleração mais forte que para todo o país: Douro, Tâmega e Sousa, Alto Minho, Região de Leiria, Cávado, Terras de Trás-os-Montes, Viseu Dão Lafões, Beira Baixa, Alto Tâmega, Alentejo Litoral, Alentejo Central e Beiras e Serra da Estrela.

Já nos 12 meses terminados em outubro, "o preço mediano de alojamentos familiares em Portugal foi 1.160 Euro/m2, aumentando +2,0% relativamente ao trimestre anterior e +10,1% relativamente ao trimestre homólogo".

"O preço mediano da habitação manteve-se acima do valor nacional nas regiões do Algarve (1.711 Euro/m2,), Área Metropolitana de Lisboa (1.586 Euro/m2), Região Autónoma da Madeira (1.307 Euro/m2) e a Área Metropolitana do Porto (1.192 Euro/m2)", assinala o INE sobre o ano terminado em outubro.

Em termos de concelhos, 47 "apresentaram um preço mediano superior ao valor nacional, localizados maioritariamente nas sub-regiões Algarve (14 em 16 municípios) e Área Metropolitana de Lisboa (15 em 18)".

"O município de Lisboa (3.375 Euro/m2) registou o preço mais elevado do país", tendo sido registados valores superiores a 1.500 Euro/m2 em Cascais, Oeiras, Loulé, Lagos, Porto, Odivelas, Albufeira, Tavira, Faro, Loures, Lagoa, Almada, Funchal, Vila Real de Santo António, Amadora, Matosinhos, Aljezur, Portimão e Silves.

Neste período, nas cidades com mais de 100.000 habitantes, "nas cidades de Lisboa, Porto, Funchal, Amadora, Coimbra e Vila Nova de Gaia, o preço de venda de alojamentos manteve-se acima do valor do país", mas Braga (1.012 Euro/m2) foi a única cidade "que registou um preço inferior ao valor nacional, tal como em trimestres anteriores".

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