Tempo
|
A+ / A-

Governo revê défice em alta. Valor pode chegar aos 7%

10 jul, 2020 - 07:17 • Redação com Lusa

Bruxelas espera uma contração em Portugal acima da média da zona euro (-8,7%) e da União Europeia (-8,3%).

A+ / A-

O Governo está mais pessimista quanto às projeções para a economia portuguesa e vai rever o défice deste ano para 7%. A projeção anterior era de 6,3%.

O ministro das Finanças explica que as alterações nos pagamentos por conta fizeram reduzir a receita. “Em função das medidas de alteração do Orçamento Suplementar aprovadas na Assembleia da República, o Governo vai rever a sua projeção para o défice deste ano para um valor próximo dos 7%. A principal medida com impacto mais significativo no défice tem a ver com os pagamentos por conta, que faz reduzir substancialmente a receita este ano, para que depois é recuperado no ano que vem.”

“Dada a incerteza atual não vamos já atualizar as nossas projeções macroeconómicas, que oportunamente faremos atualizar em função da evolução económica”, afirmou o ministro das Finanças, João Leão, em declarações à Lusa no âmbito da eleição do novo presidente do Eurogrupo.

No OE Suplementar, o Governo aponta para uma contração do PIB de 6,9% em 2020, um valor mais baixo do que a previsão de - 9,8% apontada pela Comissão Europeia nas projeções económicas divulgadas na terça-feira.

O executivo comunitário espera uma contração em Portugal acima da média da zona euro (-8,7%) e da União Europeia (-8,3%), quando há dois meses estimava que ficasse abaixo, quando antecipava uma queda da economia portuguesa de 6,8%, contra 7,7% no espaço da moeda única e 7,6% no conjunto dos 27 Estados-membros.

As novas previsões de Bruxelas estão todavia basicamente em linha com as mais recentes divulgadas pelo Banco de Portugal, que estima que a recessão atinja este ano os 9,5%, registando uma recuperação de 5,2% em 2020.

Nas declarações à Lusa, João Leão sublinhou que a “elevada incerteza” introduzida pelo impacto da pandemia de covid-19 tem motivado alterações nas projeções económicas, lembrando que que esta semana a Comissão Europeia divulgou alteram “significativamente” as que tinham sido libertadas por Bruxelas há pouco mais de um mês e meio.

Tópicos
Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

  • Americo Anastacio
    10 jul, 2020 Leiria 10:53
    infelizmente, será upa.......upa........Perto dos 10% (sem cativações).

Destaques V+