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Ryanair não retoma voos se tiver de deixar lugares vazios para manter distâncias

23 abr, 2020 - 10:21 • Lusa

Companhia diz que não consegue ganhar dinheiro com uma taxa de ocupação de apenas 66%. A ideia de uma curta separação entre passageiros é "idiota", alega presidente.

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O presidente da Ryanair avisou que a companhia aérea irlandesa de baixo custo não retomará os voos se for necessário deixar assentos no meio da fila vazios para manter as distâncias de segurança por causa da Covid-19.

Numa entrevista ao “Financial Times”, Michael O'Leary disse que já avisou o governo irlandês de que, se planear introduzir tais regras, "ou paga pelo assento do meio” ou a companhia não voará, sublinhando: "não podemos ganhar dinheiro com uma taxa de ocupação de 66%".

Segundo o responsável, deixar os assentos do meio desocupados não garante distância suficiente e "é uma ideia idiota que não leva a nada".

A companhia aérea de baixo custo, que tem 99% dos aviões imobilizados devido à quase total interrupção do tráfego aéreo por causa da pandemia de Covid-19, já tinha alertado no início de abril que os seus lucros estariam abaixo das expectativas para o exercício anual até final de março, o que inclui apenas o início das perturbações relacionadas com o novo coronavírus.

A British Airways colocou a maioria dos trabalhadores em lay-off , já a Virgin Atlantic pediu ao governo que ajudasse a empresa porque que poderia falir.

A pandemia do novo coronavírus já matou 181.234 pessoas e infetou mais de 2,6 milhões em todo o mundo desde dezembro, segundo o último balanço da agência AFP. Até agora, pelo menos, 593.800 são considerados curados.

Depois dos Estados Unidos, os países mais afetados são a Itália, com 25.085 mortes em 187.327 casos, a Espanha, com 21.717 mortes (208.389 casos), a França, com 21.340 mortes (155.860 casos) e o Reino Unido, com 18.100 mortos (133.495 casos).

A China (excluindo os territórios de Hong Kong e Macau), onde a epidemia começou no final de dezembro, contabilizou oficialmente um total de 82.788 casos (30 novos entre terça-feira e hoje), incluindo 4.632 mortes (nenhuma nova) e 77.151 recuperações.

Em Portugal, já morreram até hoje 785 pessoas, das 21.982 registadas como infetadas, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.

Portugal é o 16.º país do mundo com mais mortes e infeções.

Comentários
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  • José J C Cruz Pinto
    23 abr, 2020 Ílhavo 12:39
    É simples: Se não conseguem fazer o que devem, mudem o ramo de negócio, ... e aprendam a não roubar clientes e assalariados, e a não aldrabar os serviços que vendem. Chega assim?

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