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Coronavírus provoca quebra de 65,8% na venda de livros

01 abr, 2020 - 19:15 • Maria João Costa

Nas livrarias, as quebras são de 73% nas vendas. Pode ser “a pior crise que alguma vez já existiu neste mercado”, diz a consultora GfK à Renascença.

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A venda de livros em Portugal caiu abruptamente. Perante a situação de agravamento da situação epidemiológica causada pelo novo coronavírus, dados revelados nesta quarta-feira revelam que houve uma quebra de 65,8% nas vendas.

Os números divulgados pela GfK Portugal indicam que, na semana entre 16 e 22 de março, foi registada uma quebra de dois terços do valor nas vendas, quando comparado com igual período do ano anterior.

Esta acentuada diminuição mostra que neste período, que coincide com a declaração de estado de emergência no nosso país, foram vendidos menos 121,6 mil unidades. Traduzindo, significa que houve uma quebra de 1,6 milhões de euros no mercado total.

Em comunicado, a GfK Portugal explica ainda que nos “hipermercados a redução na compra de livros atingiu os 40%”. Mas são as livrarias e outros espaços de venda de livros que pagam a fatura mais pesada com quebras de 73%.

Segundo António Salvador, diretor-geral da GfK Portugal, “a situação atual que vivemos está a afetar gravemente a venda de livros e a continuar assim será a pior crise que alguma vez já existiu neste mercado.”

Entre as categorias de livros mais atingidas estão a “Vida Prática/Lazer/Atualidades”, com menos 75%, e os livros infantis e juvenis, com igual quebra de vendas. Já a Literatura regista uma baixa de 58% na procura.

Os dados agora divulgados “fazem parte do GfK Painel Retalhista de livros, Informação semanal de sellout dos principais retalhistas no mercado português”, explica o comunicado enviado pela GfK Portugal.

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