Tempo
|
A+ / A-

Risco de pobreza diminuiu para 18,3% em 2016

30 nov, 2017 - 12:39

As mulheres continuam a ser mais afectadas pela insuficiência de recursos, com um risco de pobreza de 18,7% face a 17,8% para os homens, de acordo com o Inquérito às Condições de Vida e Rendimento do INE.

A+ / A-

O número de portugueses em risco de pobreza diminuiu para 18,3% em 2016, abrangendo principalmente as crianças, os jovens e os idosos, revela o Inquérito às Condições de Vida e Rendimento do Instituto Nacional de Estatística (INE), divulgado esta quinta-feira.

As mulheres continuam a ser mais afectadas pela insuficiência de recursos, com um risco de pobreza de 18,7% face a 17,8% para os homens, salientam os dados do INE.

De acordo com os dados, a taxa de risco de pobreza baixou 0,7 pontos percentuais em relação a 2015, ano em que a taxa se situava nos 19%.

Em 2016, a taxa de risco de pobreza correspondia à proporção de habitantes com rendimentos monetários líquidos (por adulto equivalente) inferiores a 5.442 euros anuais (454 euros por mês), refere o inquérito do INE, realizado em 2017 sobre rendimentos do ano anterior.

Os dados destacam que a redução do risco de pobreza entre 2015 e 2016 abrangeu em especial os menores de 18 anos, baixando de 22,4% para 20,7% em 2016, e a população idosa de 18,3% para 17%.

Na população adulta em idade activa, esta taxa “reduziu-se ligeiramente, de 18,2% em 2015 para 18,1% em 2016”.

Segundo o inquérito, a existência de crianças num agregado familiar continua a estar associada a um risco de pobreza acrescido, sendo de 19,7% para as famílias com crianças dependentes e de 16,9% para as famílias sem crianças dependentes.

Em 2016, as famílias com dois adultos e três ou mais crianças dependentes, e as famílias com um adulto e pelo menos uma criança dependente, continuavam a ser as mais atingidas pelo risco de pobreza (41,4% e 33,1%, respectivamente).

Por outro lado, o risco de pobreza para a população empregada foi de 10,8% em 2016, menos 0,1 pontos percentuais do que em 2015 (10,9%).

“Apesar da redução de 11,4% na população desempregada entre 2015 e 2016, o aumento da linha de pobreza relativa reflectiu-se num aumento do risco de pobreza para a população em situação de desemprego no mesmo período: de 42% em 2015 para 44,8% em 2016”, sublinho o estudo.

O INE salienta que se apenas se considerasse os rendimentos do trabalho, de capital e transferências privadas, 45,2% da população residente em Portugal estaria em risco de pobreza em 2016.

De acordo o estudo, os rendimentos provenientes de pensões de reforma e sobrevivência contribuíram em 2016 para um decréscimo de 21,6 pontos do risco de pobreza, resultando assim numa taxa de risco de pobreza após pensões e antes de transferências sociais de 23,6%.

Já o contributo das transferências sociais, relacionadas com a doença e incapacidade, família, desemprego e inclusão social para a redução do risco de pobreza foi de 5,3 pontos percentuais em 2016, inferior ao valor observado em 2015.

O valor reduziu ligeiramente a desigualdade na distribuição dos rendimentos: o coeficiente de Gini (indicador de desigualdade na distribuição do rendimento) diminuiu de 33,9% em 2015 para 33,5% em 2016.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

Destaques V+