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Hora da Verdade

Mário Centeno sobre o Novo Banco: "Não é verdade que o Estado fique sem poder sobre nada"

30 mar, 2017 - 00:01 • Graça Franco (Renascença) e David Dinis (Público)

Em entrevista Hora da Verdade, o ministro das Finanças diz que o fundo Lone Star é credível. “Há uma enorme confiança no sistema financeiro nacional”, afirma.

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Devemos ver como sucesso que o Novo Banco seja vendido, mas com uma participação de 25% do Estado e sem poder mandar em coisa nenhuma?

Está a tirar uma conclusão que não sabe se é verdadeira ou não. E eu posso garantir-lhe que não é verdadeira.

Não vai ficar com 25%?

Não é isso. Tendo 25%, não é verdade que não tenha responsabilidades sobre nada no Novo Banco. Falaremos nisso quando...

Não é verdade que não fique a mandar nada?

A negociação está a decorrer a bom ritmo. Ela envolve muitas partes. Eu nunca comentei negociações que tenho a correr. O que lhe posso garantir é que neste momento – e como resulta do comunicado que o Governo emitiu logo no início do ano –, as preocupações que o Governo tem neste processo são com a estabilidade do sistema financeiro, a estabilidade da instituição e com a sua continuidade. E, depois, preocupações com o dinheiro dos contribuintes e o envolvimento financeiro que o Estado possa ter. Todas estas vertentes vão ser acauteladas e consideradas na conclusão do negócio.

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O Lone Star é um investidor confiável para o Estado português?

Com certeza que sim, o Lone Star é um investidor internacional...

Classificado como "fundo abutre" por parceiros parlamentares deste Governo.

Os mercados têm todos um aspecto predatório, numa certa dimensão. Ao contrário do que diz o líder da oposição, os mercados não são a história da carochinha – são matérias sérias e têm que ser tratadas como tal. Aquilo que quero referir é que, sendo um investidor internacional, tendo presença bancária em mercados europeus, não temos objecção a levantar nessa matéria.

O máximo que ficam num país é de oito anos...

Não sei se há alguma evidência disso, mas já estão há tanto tempo quanto isso na Alemanha e estão, que eu saiba, para durar. A questão que gostava de realçar é esta: Portugal foi o único país do euro que conseguiu atrair para o sistema bancário capital estrangeiro durante o ano de 2016. De todos os continentes e para um número muito grande de instituições bancárias. E isso é um grande sucesso. É um enorme sucesso e de confiança no país. Portanto, eu não percebo muito bem quando dizem que há uma falta de confiança… Não, há uma enorme confiança no sistema financeiro nacional.

Esta entrevista resulta de uma parceria uma parceria Renascença/Público.

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