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Ano bom para o turismo mas é preciso preparar o futuro, alerta presidente da APAVT

09 dez, 2016 - 17:39 • Ana Carrilho

Pedro Costa Ferreira espera uma rápida decisão sobre o novo aeroporto de Lisboa.

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Este foi um ano muito bom para o turismo português e consequentemente para as agências de viagens. “É inegável que passamos um bom momento”, diz Pedro Costa Ferreira, presidente da Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT), em entrevista à Renascença, no âmbito do Congresso que decorre até domingo em Aveiro.

Pedro Costa Ferreira considera que Portugal não é apenas uma moda. “Estamos num ciclo e não dura tudo o que é bom nem dura tudo o que é mau. Por isso, devemos aproveitar as boas alturas para continuar a pensar o futuro do destino de forma a que o fim do ciclo (bom) aconteça o mais tarde possível”.

A provar a melhoria da economia, está o crescimento das viagens dos portugueses. Já temos resultados iguais ou superiores aos atingidos antes da crise”, revela Pedro Costa Ferreira. Nas escolhas para férias, os turistas portugueses quase não têm limites mas a nível interno, Madeira e Algarve continuam na liderança com os Açores a crescer significativamente. Mas todas as regiões estão a crescer, umas mais que outras”, sublinha Costa Ferreira. No estrangeiro, Cabo Verde, Caraíbas Brasil, lideram.

Não vai longe o tempo em que para viajar, as agências de viagens eram imprescindíveis. “Agora têm que criar valor para se tornarem necessárias aos seus clientes. Mas estão a adaptar-se bem às mudanças na forma de viajar, de ficar alojado, de fazer turismo e a prova é que estão a crescer”, diz o presidente da APAVT.

(Novo) aeroporto em Lisboa: é preciso uma decisão rápida

Questionado sobre os diversos aumentos de taxas aeroportuárias que têm ocorrido e especialmente no aeroporto de Lisboa, Pedro Costa Ferreira manifestou-se contra porque contribuem para reduzir a competitividade do destino. E acerca da necessidade de um novo aeroporto para a capital, o presidente da APAVT considera que já há um estrangulamento. Mas para Costa Ferreira, o que é importante é que o governo tome uma decisão rápida, nomeadamente em relação à passagem das companhias low-cost para o Montijo “porque são necessários pelo menos dois ou três anos para as necessárias adaptações”.

IVA a 23% para Congressos e Eventos reduz competitividade de Portugal

Portugal atrai cada vez mais a realização de congressos e eventos internacionais de grande dimensão. Ainda ontem a Secretária de Estado do Turismo anunciou aqui em Aveiro mais 41 para o próximo ano. Mas na opinião do presidente da associação das agências de viagens, ainda podiam ser mais se o IVA de 23% que lhes é aplicado pudesse ser dedutível.

A secretária de Estado do Turismo, Ana Mendes Godinho, frisou que há regras europeias que regulam esta matéria mas Pedro Costa Ferreira contrapõe com o facto de países como a Espanha, Itália, Áustria e Alemanha conseguirem a dedução do IVA para a realização desses eventos, o que os torna mais competitivos em relação a Portugal. E fez questão de frisar que” não é uma questão corporativa, seria bom para a economia nacional”.

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