O Governo excluiu da corrida pela compra da TAP o consórcio liderado por Pais do Amaral, em nome da Quifel Holdings, por não cumprir os requisitos mínimos legais, explicou esta quinta-feira o secretário de Estado Sérgio Monteiro, em conferência de imprensa, depois de as propostas terem sido discutidas em Conselho de Ministros.
Com esta decisão, avançam para a próxima fase apenas duas propostas, a liderada pelo empresário Germán Efromovich e outra liderada pelo americano David Neeleman, que também tem nacionalidade brasileira.
Pais do Amaral era o único candidato português à TAP, se bem que o consórcio de Neeleman inclui a empresa Barraqueiro.
O Conselho de Ministros decidiu mandatar os secretários de Estado dos Transportes, Sérgio Monteiro, e do Tesouro, Isabel Castelo Branco, para avançar com as negociações junto dos outros dois consórcios, sempre com a Parpública incluída.
A administração da TAP, liderada por Fernando Pinto, já se pronunciou na quarta-feira sobre o plano estratégico dos três candidatos - agora reduzido a dois - à privatização da companhia aérea de bandeira, segundo o Diário Económico, entregando as suas opiniões à Parpública, detentora da TAP em representação do Estado.
A proposta de Gérman Efromovich, dono da operadora aérea Avianca e do grupo Synergy, inclui a entrega de 12 novos aviões Airbus após a transferência das ações da companhia e a renovação da frota da Portugália com aviões Embraer até 2016, sendo que o empresário propõe recapitalizar a empresa em 250 milhões de euros, segundo informações avançadas pela imprensa.
David Neeleman, patrão da companhia aérea brasileira Azul e que está em parceria com Humberto Pedrosa, do grupo Barraqueiro, promete reforçar a TAP com 53 novos aviões e investir 350 milhões de euros.
Já Miguel Pais do Amaral, através da Quifel, prometia manter a estratégia da administração de Fernando Pinto, com a compra dos 12 Airbus 350 já encomendados pela TAP e uma injeção de capital de 325 milhões de euros.