04 dez, 2017 - 07:37
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Os ministros das Finanças da Zona Euro elegem esta segunda-feira, em Bruxelas, o seu novo presidente e Mário Centeno, o candidato dos Socialistas Europeus, surge como favorito.
A eleição do sucessor do holandês Jeroen Dijsselbloem vai decorrer à tarde. Quatro ministros apresentaram, na semana passada, as suas candidaturas: além de Mário Centeno, o luxemburguês Pierre Gramegna, o eslovaco Peter Kazimir e a letã Dana Reizniece-Ozola.
Enquanto Gramegna é membro dos Liberais e Ozola dos Verdes, Centeno e Kazimir são ambos socialistas – a família política com mais possibilidades de garantir o posto, face aos equilíbrios partidários sempre em jogo na atribuição de altos cargos europeus. Mas o ministro português foi "consagrado" como "o candidato" do Partido Socialista Europeu (PSE) na reunião que teve lugar em Lisboa entre sexta-feira e sábado, e parece reunir muitos mais apoios que o eslovaco.
Por isso, a eleição desta segunda-feira não deverá correr o risco de ser decidida por sorteio mesmo que persista um empate. O processo de eleição prevê a realização de quantas voltas forem necessárias até um dos quatro candidatos alcançar uma maioria simples (ou seja, pelo menos 10 votos entre os 19 membros da área do euro).
“Se nenhum dos candidatos recolher pelo menos 10 votos dos membros do Eurogrupo no final da primeira volta, cada candidato será informado individualmente do número de votos que ele/ela recebeu. Os candidatos terão então a oportunidade de retirar a sua candidatura. A votação prosseguirá até ser alcançada a maioria simples em torno de uma das candidaturas”, explicam os serviços do Conselho da União Europeia.
De acordo com a agenda de trabalhos da reunião desta segunda-feira do Eurogrupo, que terá início em Bruxelas às 13h00 (12h00 em Lisboa), a eleição ocorrerá no final da primeira ronda de trabalhos (e antes de uma reunião alargada a 27 para preparar a Cimeira do Euro, que se realiza em Dezembro), devendo então o vencedor ser conhecido antes das 18h00 (17h00 em Lisboa), hora marcada para o arranque da segunda parte da reunião.
O novo presidente sucederá a Jeroen Dijsselbloem em Janeiro, mais precisamente no dia 14, dado que o segundo mandato do holandês termina a 13. Inicia-se, então, um mandato de dois anos e meio.
A reunião seguinte do Eurogrupo, agendada para 22 de Janeiro, já será presidida por um dos quatro ministros que se apresentam hoje a votos: Centeno, Gramegna, Kazimir ou Ozola.
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