29 nov, 2017 - 20:09
O denominado grupo G-15, formado por clubes da Primeira Liga, pretende reestruturar o "modelo de governação" da Liga Portugal e chegou a acordo para uma espécie de "pacto de não-agressão" entre emblemas, convidando todas as sociedades a contribuir para a acalmia do efervescente clima de tensão que se vive no futebol português.
Estas são as duas principais tomadas de posição saídas da segunda reunião do G-15, que teve lugar esta quarta-feira em Vila do Conde e à qual voltaram a faltar Vitória de Guimarães, Vitória de Setúbal, Portimonense e Moreirense.
As oito propostas da missiva enviada às redacções, assim que a reunião se concluiu, serão agora enviadas à Liga Portugal, sendo que o G-15 solicita ainda ao organismo presidido por Pedro Proença a marcação de uma assembleia-geral extraordinária para a discussão das mesmas.
O G-15 aponta, assim, a um novo "modelo de governação" da Liga. No que diz respeito à busca da paz no futebol português, a ideia passa por propôr a "revisão do quadro de infracções a dirigentes e agentes desportivos", entrando neste ponto o tal "pacto de não-agressão".
Para além dos dois pontos acima referidos, o G-15 pretende avançar para um "novo regime de cedências temporárias de jogadores entre clubes da Primeira Liga", alterar o "critério de pagamento da taxa de transmissão televisiva, com isenção dos clubes da Segunda Liga" e as "regras do sorteio condicionado do calendário de jogos".
Por outro lado, espaço ainda para a intenção de uniformizar o "número de câmaras de TV para efeitos de VAR (vídeo-árbitro)", bem como a elaboração de recomendações à Federação Portuguesa de Futebol "a propósito do VAR e sua operacionalização" e, ainda, para a "criação de um fundo de solidariedade para os clubes que descem à Segunda Liga".
A rematar o comunicado, o G-15 anunciou ainda a formação de um "consenso" para "abrir um espaço de diálogo com os clubes da Segunda Liga tendo em vista o melhor conhecimento das suas preocupações e necessidades".