Emissão Renascença | Ouvir Online
A+ / A-

“Vacinem-se, vacinem-se, vacinem-se”. O apelo da DGS para este Inverno

28 nov, 2017 - 09:29

Graça Freitas diz à Renascença que, este ano, o vírus da gripe poderá dar “doença grave”. Há três pessoas internadas nos cuidados intensivos.

A+ / A-

Veja também:


A época de gripe está no início e ainda é tempo de dar a vacina da gripe, diz a directora-geral da Saúde.

“Este Inverno, há algumas indicações do hemisfério Sul e do vírus que está a circular na Europa, apesar de ainda com pouca intensidade, segundo as quais podemos ter um Inverno particularmente intenso em termos de gripe e com vírus que pode dar doença grave”, avisa Graça Freitas na Renascença.

Por isso, o conselho é “vacinem-se, vacinem-se, vacinem-se”. Sobretudo, os grupos de risco, à cabeça dos quais aparecem os idosos.

“As pessoas que têm 65 ou mais anos, pela sua idade e pelas doenças que têm associadas muitas vezes, são o grupo mais vulnerável de todos os grupos vulneráveis”, avisa a responsável.

“Apesar de tudo, a população que está saudável e é relativamente jovem tem um sistema imunitário que lhe permite lidar melhor com este risco. Por exemplo, as crianças e jovens que são infectados têm muitas poucas vezes doença grave”, afirma.

Este ano, já foram vacinadas mais cerca de 150 mil pessoas do que em igual período do ano passado. “São, sobretudo, pessoas de grupos mais jovens, o que quer dizer que serão bombeiros e diabéticos” – os grupos de risco integrados na vacinação gratuita deste ano.

“Os diabéticos, de facto, são um grupo muito vulnerável. Tem uma patologia que é difícil controlar muitas vezes e só beneficiam com a vacinação”, explica Graça Freitas.

Em directo na Manhã da Renascença, a directora-geral da Saúde indica que, apesar de “a época gripal ainda estar muito no início em todo o hemisfério Norte, já tivemos três internamentos por gripe em cuidados intensivos este ano”.

“Curiosamente, não foi pelo vírus AH3N2, mas pelo vírus B – o que quer dizer que, em termos individuais, qualquer dos vírus pode provocar doença grave”, afirma, sublinhando que as indicações actuais indicam que “o vírus AH3 parece que vai ser o dominante” e “é o que dá épocas gripais mais intensas e mais graves no geral”.

“É para isso que temos que estar preparados”, reforça.


Cuide-se que “o Inverno não é só gripe”

A DGS apresenta, esta terça-feira de manhã, o “Plano Saúde Sazonal: Inverno & Saúde”. Graça Freitas lembra que “o Inverno é a estação, em termos de plano sazonal, em que mais se adoece e mais se morre em qualquer parte do mundo”.

Isto, “porque há os vírus da gripe, há os outros vírus que também provocam doença – menos grave, mas que podem servir para descompensar doenças crónicas, por exemplo – e há os efeitos directos da temperatura fria na saúde das pessoas”, explica a responsável.

“Só as temperaturas extremas e frias são factor de descompensação”, sublinha.

Na Renascença, a directora-geral indicou os principais conselhos a seguir:

  • “Primeiro, a vacinação; segundo, a vacinação; terceiro, a vacinação”;
  • Pessoas com doença crónica devem consultar nesta altura, “antes do Inverno a sério”, os seus médicos assistentes – “se tiverem as suas doenças compensadas (a sua diabetes, a sua hipertensão, a sua doença respiratória) resistem melhor ao Inverno. É altura de rever a sua situação de doença.
  • Cuidado com o frio. Proteja as extremidades: use um cachecol, um gorro, luvas, calçado quente. “Não perca calor pelas extremidades”;
  • Não espirre nem tussa em direcção aos outros – faça-o para o cotovelo ou para um lenço;
  • Quem está com uma virose, não socializar demasiado: ter algum recato em relação à sua família e à sua envolvente social;

Estes são as principais recomendações da DGS, mas Graça Freitas recorda que há pessoas que não conseguem fazer tudo isto sozinhas: “vacinarem-se, terem a medicação em dia, protegerem-se contra o frio”. São pessoas que “precisam da sua família, dos seus amigos e dos seus vizinhos para ajudar”, afirma, reforçando a vertente solidária da protecção e prevenção.

Os antibióticos “não resolvem uma gripe”

Se estiver com “uma síndroma gripal, não comece a tomar antibióticos sem consultar um médico assistente ou sem ligar para a Saúde 24 [agora SNS 24], que é o 808 24 24 24”, pede a directora-geral da Saúde.

“O uso indevido de antibióticos não resolve uma virose, não faz nada aos vírus e ainda pode provocar resistências como infecção bacteriana”, explica Graça Freitas.

Além disso, “quando estivermos mesmo no Inverno, muito cuidado com a ida às urgências, com a procura de cuidados de saúde”.

“Pode ser uma medida pouco aconselhável”, dado o risco de contágio, pelo que “as pessoas devem primeiro ligar para o centro de contacto” para perceber o que deve fazer.

Para fazer face a uma maior afluência aos serviços de saúde, a directora-geral da Saúde garante que estão previstos planos de contingência em todas as regiões de saúde.

As medidas podem incluir a extensão dos horários de atendimento, mas “não serão iguais em todo o país”, alerta. Isto não é uma medida nacional, cada região sabe de si conforme os problemas que tiver e a actividade gripal que tiver”, explica.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

  • Albano de La Roche
    18 dez, 2017 Coimbra 11:25
    Sr Jaime Menezes, informe-se bem sobre o perigo das vacinas e das suas consequências por vezes nefastas. E dos lucros fabulosos da indústria da morte. Assista a vídeos do Dr Lair Ribeiro, Kevin Trudeau e outros, que conhecem bem o poder e as mentiras das farmacêuticas.
  • Rui
    30 nov, 2017 Setúbal 09:51
    Nem os antibióticas resolvem nada nem a vacina resolve gripe alguma. É só propaganda da banha da cobra.
  • Maria das Dores
    28 nov, 2017 Viseu 17:32
    À Josefina Itelvina, a minha mãe de 80 anos nunca se constipou nem teve gripe mas a sua médica queria que ela fosse vacinada e então permitiu levar a vacina, por causa da vacina da gripe ficou mais de três semanas de cama sem se poder quase levantar. Por isso nunca mais ninguém na família quer vacina. O nosso vizinho ficou doente depois de umas horas depois de levar com a vacina e ficou muito mal no hospital durante duas semanas. Eu não aconselho ninguém a ser vacinado.
  • não há duvida
    28 nov, 2017 lis 11:48
    Os especialistas das ciências ocultas vêm todos comentar e gozar com a vacinação!...Que tristes!
  • ao aqueu
    28 nov, 2017 lis 11:44
    Como esperto de bancada não te falta nada!...
  • Aqueu
    28 nov, 2017 Maia 11:28
    O vírus da gripe todos os anos sofre transformações e a vacina só pode proteger dos vírus dos anos passados. A vacinação da gripe é um enorme negócio para a indústria farmacêutica. E há muita gente a colaborara nessa fraude.
  • Filipe
    28 nov, 2017 évora 11:24
    Como é que esta senhora tem a coragem de vender banha da cobra ? Então como sabe esta senhora que a estirpe que vai ficar ativa equivale à que a vacina imuniza ? Então esta senhora agora vende banha da cobra ! Não querem ficar com vacinas , perdem a validade ... e então toca a enfiar pela boca a baixo !
  • eu
    28 nov, 2017 lisbon 11:11
    Geringonça Obra do Diabo vem ai mais uma catástrofe
  • bobo
    28 nov, 2017 lisboa e outra 11:04
    Cada caso é um caso
  • Joaquim Rodrigues da
    28 nov, 2017 Lisboa 10:53
    Este ano e segundo várias autoridades de diferentes países as vacinas não protegem da gripe e até provocam abortos. Já a vitamina D previne a gripe e toda a família usa há muitos anos água oxigenada para evitar constipações e gripes.

Destaques V+