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​Guardas prisionais em greve devido ao horário de trabalho

20 nov, 2017 - 15:07

Protestam pelo pagamento imediato do subsídio de turno/nocturno e contra a actual escala de trabalho.

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O pagamento imediato do subsídio de turno/nocturno e o problema da escala/horário de trabalho levou o Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional (SNCGP) a iniciar esta segunda-feira uma greve nacional que se prolonga até à próxima sexta-feira.

A greve começou às 00h00 desta segunda-feira e termina às 23h59 de sexta-feira, segundo o aviso prévio enviado hoje ao primeiro-ministro e à ministra da Justiça e director-geral de Reinserção e Serviços Prisionais, entre outras entidades.

Jorge Alves, presidente do SNCGP, disse à Lusa ainda não dispor de dados sobre a adesão à greve, mas expressou o descontentamento dos guardas prisionais pela não implementação da escala de trabalho proposta pelo sindicato.

De acordo com o mesmo dirigente sindical, o SNCGP "não chegou a acordo" sobre a questão da escala/horário de trabalho, apesar de, no final da semana passada, ter sido avançado pelos serviços prisionais que a matéria já tinha sido devidamente negociada.

Além do problema do horário de trabalho, o SNCGP exige a alteração da tabela remuneratória conforme equiparação à Polícia de Segurança Pública (PSP) e exige o pagamento imediato do subsídio de turno/nocturno.

Outra das razões que levaram os guardas prisionais a marcar a greve nacional de cinco dias foi a questão da promoção dos guardas principais, cuja negociação, segundo Jorge Alves, decorre há quase um ano sem estar concluída.

O sindicato diz ainda ter realizado esta greve contra "a postura e a prepotência da Direcção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais, nomeadamente na pessoa do director-geral (Celso Manata) para com o corpo da guarda prisional".

Este último diferendo, explicou Jorge Alves, tem a ver com "o peso disciplinar e com as ameaças" feitas aos guardas prisionais de que serão sancionados disciplinarmente se durante a greve não deixarem entrar viaturas nos estabelecimentos prisionais.

Prende-se ainda, adiantou, com o facto de o director-geral acusar os guardas prisionais de "falhas graves de segurança" e não apontar a falta de meios humanos e de equipamentos para assegurar essa mesma segurança nas prisões.

Comentários
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  • 20 nov, 2017 aldeia 21:30
    estão presos durante muitas horas de trabalho!................

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