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​Marcelo pede apuramento de responsabilidades nos casos legionella e Tancos

14 nov, 2017 - 17:54

"É fundamental para tudo, quando há da parte de entidades públicas alguma coisa que falha, depois haver relatórios que apurem as responsabilidades", afirma o Presidente.

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O Presidente da República considera que o ministro da Saúde "esteve muito bem" ao pedir desculpas pela legionella no Hospital São Francisco Xavier, em Lisboa, e afirmou esperar que se "apurem as responsabilidades", neste caso, como no de Tancos.

Em declarações aos jornalistas, no final de uma visita à Associação Protectora dos Diabéticos de Portugal (APDP), em Lisboa, Marcelo Rebelo de Sousa defendeu que "é fundamental para tudo, quando há da parte de entidades públicas alguma coisa que falha, depois haver relatórios que apurem as responsabilidades".

Sobre o surto de legionella, o chefe de Estado referiu que o ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, disse que iriam ser apuradas "essas responsabilidades, porque há vários inquéritos e relatórios a correr que irão dizer aos portugueses o que é que correu mal", e observou: "Eu já tinha tido a mesma posição no caso de Tancos".

Relativamente ao caso das armas desaparecidas dos Paióis Nacionais de Tancos, no distrito de Santarém, o Presidente da República manifestou-se convicto de que " há de aparecer no final, também, no caso de Tancos, quer a nível interno, quer a nível da investigação do Ministério Público, o apuramento daquilo que se passou".

"Portanto, nos domínios mais variados, é evidente que faz sentido que a Administração Pública esteja sujeita ao escrutínio democrático dos cidadãos e não tenha nada a esconder. Faz parte da transparência normal da vida política e administrativa do país", acrescentou.

Questionado sobre o pedido de desculpas que o ministro da Saúde dirigiu às vítimas da infecção por legionella, Marcelo Rebelo de Sousa considerou que Adalberto Campos Fernandes "esteve muito bem" ao "reconhecer a sua quota parte de intervenção numa realidade que não funcionou".

No seu entender, hoje, "com alguma distância", existe a noção de que a situação no Hospital São Francisco Xavier "é muito maior do que se tinha pensado no início".

"E ele enumerou as várias entidades que deviam, de facto, a seu ver, pedir desculpa, e só lhe fica muito bem tê-lo feito", reforçou.

O surto de legionella, conhecido no início do mês, já provocou cinco mortos e há meia centena de pessoas infectadas com a bactéria.

Comentários
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  • Helena Matos
    16 nov, 2017 Coimbra 04:10
    Ó Constança, deixe lá o PR fazer de PR. Eu percebo que esteja mal habituada e q pensava q ele era mais um dos ministros do governo, Mas às tantas o homem percebeu q já ao podia continuar a fazer de contas q não via o óbvio, tais eram os falhanços do executivo. Foi a desorganização, a negligência e a incúria da tragédia de Junho (e a criatura ainda veio com uns paninhos quentes a dizer q tinha sido tudo feito para a evitar), foi a comédia de Tancos, foram as declarações atolambadas dos ministros do MAI e da Defesa, foi a tragédia de Outubro, foi o surto de legionella q nunca mais tem fim (e ele sp a dizer q estava tudo a ser feito para debelar a coisa), foi a situação inenarrável por ocasião dos velórios... Em cinco meses foi obra. Alguns PS até já andam enjoados com tantos améns. Nenhum outro PR teria sido tão complacente com Costa e seu executivo. Já o teria mandado à vida. O PM e o governo bem podem erguer-lhe uma estátua.
  • Fernando Santos
    14 nov, 2017 Coimbra 23:23
    O Sr. Presidente veja se fica quieto um bocadinho, começa a ser demais. Já agora preocupe-se um pouco com os lesados do BES ou isso não lhe interessa?
  • Loyd
    14 nov, 2017 London 22:29
    Num país normal não é preciso pedir um apuramento das responsabilidades. Isto faz-se automaticamente. Por lei.
  • Constança
    14 nov, 2017 Aveiro 22:25
    O PR consegue espantar-nos todos os dias! Eu devo declarar que também votei nele e que, nos primeiros tempos, conseguiu realmente corresponder às expectativas de quem o colocou naquele importante lugar. Hoje, eu e muitas outras pessoas que confiaram nele, já não se reveem na sua forma de estar na presidência, neste estilo politiqueiro, muito ao jeito da "partidarite" levada a cabo pelos vários atores da nossa "triste cena" política nacional. O Presidente parece revelar diariamente uma necessidade muito grande de protagonismo e, na minha opinião, de se antecipar a todos os anúncios que o executivo tenha para fazer, os quais parece conhecer integralmente mas, não consegue conter essa necessidade de querer passar para a opinião pública que as coisas acontecem porque ele obriga. Para além de não me parecer ser esse o seu papel, de quem alegadamente procura visibilidade e um cirúrgico cuidado de criar uma imagem do "Deus salvador", parece-me até, salvo outras informações que eu desconheça, muito deselegante e de quebra de lealdade para com o chefe do governo, já que a intervenção do PR nos diversos domínios da sociedade portuguesa e que legitimamente preocupam o PR, deveriam, salvo melhor opinião, ser reservados às conversas que ambos têm nas reuniões semanais. O PR parece estar a tomar o lugar da oposição e começa a expor as sua contradições: quer menos dívida, mais crescimento mas que o governo cubra todos os anúncios que decide fazer para salvaguarda dessa imagem que quer criar
  • emaria
    14 nov, 2017 porto 21:13
    ESTADISTA, PRECISA-SE!
  • emaria
    14 nov, 2017 porto 21:10
    Ditador disfarçado de democrata.Com papas e bolos se enganam os tolos.Beijinhos e abraços vao dar ao mesmo. Nao se aguenta tanto protagonismo. Como cristao(?) devia ser mais humilde. Nao é estranho porque nunca foi. É populista e maquiavélico.
  • Nekas
    14 nov, 2017 Lisboa 19:40
    Agora abusa-se de terrorismo encomendado,para derrubar governos,autentico estilo americano,deitam-se fogos,roubam-se armas e usa-se a arte biológica,basta haver uma organização com força e capacidade de manobra para dar cabo de um país,logo de uma governação,e não se descobre quem encomenda,estamos bem lixados com este tipo de situações.
  • Pedro Silva
    14 nov, 2017 Lisboa 19:30
    Há que aparecer todos os dias nos jornais ou na televisão, Sr. Presidente, para que o senhor seja sempre tema de conversa. Se não for pelo apuramento de responsabilidades, será pela distribuição da sopa aos sem-abrigo, ou pelos discursos sobre medicamentos e as farmácias. No meio de tudo isto, Sr. Presidente, pode até tirar mais umas fotografias, com a sua namorada (postiça) e aparecer nas capas da revista «Maria» e «Gente», porque é disto que o povo gosta.
  • Maria
    14 nov, 2017 castelo branco 19:06
    Quais responsabilidades? Eles são uns acumuladores de IRRESPONSAVÉIS
  • rão arques
    14 nov, 2017 penteado 18:57
    Quantas vezes é que eu já ouvi isto? Navegar, navegar ou é eco repetido?

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