11 nov, 2017 - 21:27
Jorge Barreto Xavier, o antigo secretário de Estado da Cultura, que assinou o despacho que permite a realização de jantares em vários monumentos nacionais, incluindo o Panteão Nacional, diz à Renascença que a responsabilidade da realização do jantar à margem da Web Summit é da exclusiva responsabilidade do actual ministro que podia ter recusado a realização do evento.
Barreto Xavier dá o exemplo de um jantar que a federação de futebol queria realizar nos claustros dos Jerónimos e que ele não autorizou. Daí a crítica ao actual Governo.
“O actual Governo tinha todos os instrumentos ao seu dispor para não ter autorizado o jantar. O despacho prevê não autorizar eventos que forem não considerados não adequados. A direcção-geral de património cultural quando a FPF quis realizar nos claustros do Mosteiro dos Jerónimos um jantar para a final da Liga dos Campeões e eu considerei que não era adequada a realização desse jantar”, disse.
A polémica surgiu depois de ter sido divulgada uma fotografia este sábado.
O primeiro-ministro considerou “absolutamente indigna” a utilização do Panteão Nacional para um jantar no âmbito da Web Summit.
Por isso, o Ministério da Cultura vai alterar o despacho do anterior Governo para impedir que situações semelhantes voltem a ocorrer.
O líder da Web Summit já veio pedir desculpa, garantindo que não queria ofender a história do país.