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Igreja que foi palco de massacre no Texas vai ser demolida

09 nov, 2017 - 15:44

O que fazer com um espaço que foi palco de uma tragédia ou de um grande crime? Saiba como diferentes comunidades lidam com o assunto.

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A igreja baptista que foi palco de um massacre, no passado domingo, que matou 27 pessoas, vai ser demolida e reconstruída.

A decisão foi confirmada pela Convenção Baptista do Sul (SBC), a que pertence a Igreja de Sutherland Springs. Segundo o presidente da comissão executiva da SBC, foram os sobreviventes da comunidade afectada que disseram que não eram capazes de regressar ao edifício actual. “Será uma recordação de violência terrível contra pessoas inocentes”, afirmou.

Na matança, levada a cabo por um homem de 26 anos, morreram 27 pessoas, incluindo a filha do pastor, todos os professores da escola dominical e grande parte do coro.

A reconstrução da igreja será financiada por um donativo particular anónimo, segundo a agência Religion News Service.

A opção de demolir a igreja e reconstruir a Igreja é compreensível, mas não é óbvia. O tema do que fazer com palcos de grandes tragédias é complexo e merece respostas diferentes de comunidades diferentes.

Em 2006 a comunidade amish de Nickel Mines, na Pensilvânia, Estados Unidos, optou por demolir o pequeno edifício escolar onde foram assassinadas cinco crianças, mas justificaram a decisão com a vontade de evitar que o local se transformasse num local de peregrinação ou de visita por parte de curiosos. Os amish, por princípio, evitam o mediatismo.

Partes do liceu de Columbine, que foi palco de um massacre de 13 alunos em 1999, tornando-se um dos mais conhecidos casos de violência gratuita numa escola, foram demolidos e posteriormente reconstruídos, incluindo a biblioteca, onde muitas das vítimas foram assassinadas.

Também a escola de Sandy Hook, onde 20 crianças e seis adultos foram mortos em 2012 foi totalmente demolida e reconstruída, tendo sido reinaugurada em 2016.

Mas decisão contrária foi tomada pelos fiéis da igreja de Charleston, onde um skinhead matou nove negros durante uma sessão de estudos bíblicos em 2015. Em vez de demolir o edifício, os sobreviventes penduraram fotografias das vítimas nas paredes e continuam a usar a igreja.

Também o templo sikh de Oak Creek, no Wisconsin, foi alvo de um atentado em 2012 por parte de um extremista que julgava estar a atacar muçulmanos. A comunidade tomou a decisão de preservar até alguns dos buracos das balas nas paredes, como memorial do que se passou.

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