07 nov, 2017 - 06:54
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As administrações regionais de saúde do país vão fazer uma "avaliação e gestão do risco" de todas as unidades de cuidados de saúde públicas, devido ao surto de legionella, informaram as autoridades de saúde nacionais.
Num comunicado conjunto da Direção-Geral da Saúde (DGS) e do Instituto Nacional de Saúde Ricardo Jorge (INSA), enviado na segunda-feira à noite, é indicado que será feito o "levantamento das condições estruturais e processuais das unidades prestadoras de cuidados de saúde que integram o Serviço Nacional de Saúde", incluindo agrupamentos de centros de saúde, unidades locais de saúde, centros hospitalares e hospitais, "no âmbito da avaliação e gestão do risco".
Assinado pela directora da DGS, Graça Freitas, e pelo presidente do INSA, Fernando de Almeida, o comunicado revela também que, o INSA e o Serviço de Utilização Comum dos Hospitais (SUCH) "estão a desenvolver um Programa de Intervenção Operacional de auditoria técnica de apoio a todas as unidades hospitalares do Serviço Nacional de Saúde".
No mesmo comunicado, DGS e INSA informam que o número de casos diagnosticados de pessoas infectadas com legionella, no hospital São Francisco Xavier, em Lisboa, subiu para 30.
Até às 20h00 de segunda-feira, "foram diagnosticados 30 casos de Doença dos Legionários com possível ligação epidemiológica ao Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental (CHLO) – Hospital de São Francisco Xavier", mais um caso do que o anterior balanço, pode ler-se.
Destes 30 doentes, dois morreram, também na segunda-feira, um teve alta e os restantes encontram-se internados.
"Os doentes são, na sua maioria, idosos com fatores de risco associados, nomeadamente doenças crónicas graves e hábitos tabágicos", indica o comunicado.
As duas entidades informam que "está em curso a investigação epidemiológica nas vertentes da vigilância da saúde humana e ambiental, a fim de apurar as circunstâncias que originaram o surto", tendo sido realizadas vistorias técnicas aos equipamentos e às estruturas "potencialmente associados a fontes de transmissão", trabalhos que vão "manter-se durante os próximos dias".
O comunicado refere ainda que está a ser preparado um relatório conjunto da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, DGS e INSA "para esclarecimento da cadeia de acontecimentos que conduziram ao surto".