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António Costa. Relatório de Pedrógão "tem de ter consequências, sejam elas quais forem"

12 out, 2017 - 16:13

Primeiro-ministro fala mesmo em consequências políticas "se for caso disso". Relatório vai ser analisado em Conselho de Ministros extraordinário, depois de reunião com familiares das vítimas e de ouvido o especialista em fogos a quem o Governo encomendou um outro relatório.

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O primeiro-ministro reagiu, esta quinta-feira à tarde, às conclusões conhecidas da comissão técnica independente sobre o incêndio de Pedrógão Grande. Em conferência de imprensa, António Costa garantiu que o documento “tem de ter as devidas consequências, sejam elas quais forem”.

Questionado sobre tais consequências poderiam ser políticas, respondeu: “Se for caso disso, sim, claro”.

Começando por enaltecer o trabalho da comissão técnica independente, criada por proposta do PSD, Costa considerou que o processo merece o respeito de todos e que “é um sinal de maturidade da nossa democracia”.

Em função disso, reiterou que foi marcado para dia 21 Conselho de Ministros extraordinário, “exclusivamente dedicado a apreciar este relatório”.

“Para nós, por respeito com a Assembleia da República e com os profissionais que o elaboraram, mas sobretudo pelas vítimas e familiares das zonas afectadas, o que nos compete fazer é uma reflexão sobre a informação e as conclusões disponíveis”, justificou.

Antes do Conselho de Ministros, o primeiro-ministro vai reunir-se com a associação de familiares das vítimas de Pedrógão Grande, na próxima quarta-feira (dia 18), e pretende ainda ouvir o Professor Xavier Viegas, especialista em incêndios da Universidade de Coimbra, a quem o Governo encomendou um relatório sobre a dinâmica do fogo.

António Costa diz que ainda não leu o relatório da comissão técnica independente – “só conheço a nota à comunicação social e a síntese que o presidente da comissão teve a gentileza que nos fazer chegar” – mas garante que vai reflectir sobre o documento e analisar as recomendações nele feitas, quer serão, “à partida, o nosso programa para completar a reforma da floresta e a reforma de prevenção e combate aos incêndios florestais”.

“Espero que este relatório, que é produzido por uma comissão designada pela Assembleia da República por proposta do PSD, possa ser a base de um consenso político alargado para permitir ao país evitar a repetição de novas tragédias como as que ocorreram este Verão”, afirmou ainda.

O relatório sobre os incêndios de Junho que começaram no dia 17 em Pedrógão Grande foi entregue no Parlamento esta quinta-feira e aponta para falhas na prevenção das consequências mais graves e num combate inicial mais eficaz da parte da Protecção Civil.

Comentários
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  • CARDOSO
    13 out, 2017 SEIXAL 15:41
    AINDA ALGUM BOMBEIRO VAI ARCAR COM AS RESPONSABILIDADES.JÁ ESTAMOS HABITUADOS A ESTAS SITUAÇÕES.LEMBREM-SE DO ELECTRICISTA DE ÉVORA.
  • mendes
    13 out, 2017 braga 12:34
    este costa e um espetaclo diz e contradiz ainda nao leu mas aplaude o trabalho feito da para rir
  • XUXAS MANIPULADORES
    12 out, 2017 Lx 16:44
    Existem 64 crimes e esse relatório deve ser enviado para o Ministério público. Existem responsabilidades políticas de quem nomeou os incompetentes e essa é da Ministra e do Sec Estado.Existe responsabilidade civil do Estado e este vai ter que pagar e terá direito de regresso sobre a Ministra, Sec.Estado e outros incompetentes que lideravam a Proteção Civil... Que espera o 1º Ministro manhoso que temos sempre a alijar as responsabilidades?

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