Tempo
|
A+ / A-

Autárquicas 2017. ​Quem ganhou e perdeu nos grandes palcos

02 out, 2017 - 04:37

Todas as capitais de distrito e outros palcos importantes vistos à lupa.

A+ / A-
Autárquicas. O terror, a música e o serão esfuziante: cenas de uma noite eleitoral
Autárquicas. O terror, a música e o serão esfuziante: cenas de uma noite eleitoral

Eleições autárquicas 2017:


O Partido Socialista conquistou Beja nas eleições autárquicas deste domingo e igualou o PSD em número de capitais de distrito.

Os dois maiores partidos têm agora sete capitais de distrito, cada um.

Além de retirar Beja à CDU, o PS ganha em Lisboa, Viana do Castelo, Castelo Branco, Vila Real, Leiria e Coimbra.

Apesar do mau resultado nestas autárquicas, o PSD conserva Faro, Santarém, Viseu, Aveiro, Guarda, Braga e Bragança.

A coligação CDU, formada por Partido Comunista e Verdes, também teve um dia mau, mas manteve Évora e Setúbal.

Na lista de 18 capitais de distrito, duas continuam em poder de independentes: Rui Moreira conquistou a maioria no Porto e Adelaide Teixeira foi reeleita em Portalegre.

CAPITAIS DE DISTRITO VISTAS À LUPA

Viana do Castelo: O candidato do PS, José Maria Costa, vence com maioria absoluta (53,68%), conquistando seis mandatos – mais um do quem em 2013. O PSD (21,25%) perde um vereador e fica com dois. A CDU mantém um mandato.

Vila Real: PS ganha com 64,35%, o equivalente a sete vereadores, e Rui Santos é reeleito. O PSD fica em Segundo lugar com 25,46% e dois vereadores. Seguem-se CDS com 3,1%, BE com 1,66% e CDU com 1,33%.

Bragança: O PSD mantém e até reforça o “score” no concelho Bragança, com 97% dos votos contados, mas sofre derrotas no distrito. Perdeu o bastião Mirandela e Macedo de Cavaleiros para o PS, que se tornou na força política maioritária no Nordeste Transmontano.

Braga: Ricardo Rio renova o mandato pela coligação “Juntos por Braga”, formada por PSD-CDS-PPM. Conquista mais votos (52%) e mais um vereador, passando de seis para sete. O PS fica em segundo lugar, com 28% e três mandatos, e a CDU no terceiro posto, com 9,6% e um vereador.

Porto: Rui Moreira foi reeleito e conquistou a maioria absoluta, com 44,46% e sete vereadores. O candidato independente deixa o socialista Manuel Pizarro na segunda posição, com 28,5% e quatro mandatos. A candidatura do PSD, encabeçada por Álvaro Almeida (10,39%), consegue apenas um vereador, contra os três das eleições de 2013. A CDU mantém um vereador e o Bloco de Esquerda não consegue eleger nenhum. No distrito do Porto, destaque para a vitória da socialista Luísa Salgueiro em Matosinhos, derrotando o independente Narciso Miranda, que já tinha liderado o município pelo PS entre 1977 e 2005.

Aveiro: A coligação PSD/CDS/PPM consegue 48,52% dos votos e seis vereadores – mais um em relação a 2013. Ribau Esteves mantém a maioria absoluta. O PS fica em segundo lugar, com 30,97% e três vereadores. O Bloco de Esquerda é a terceira força política em Aveiro.

Viseu: Almeida Henriques garante o segundo mandato pelo PSD, com 51,74% e seis vereadores: ganha um ao CDS. Segue-se os socialistas com 26,46% e três vereadores.

Guarda: O PSD ganhou com 61,2% na capital de distrito, mais 10 mil votos que o PS, conquistando cinco mandatos, contra dois dos socialistas. No distrito da Guarda, os sociais-democratas conquistaram Celorico da Beira, mas perderam Manteigas para o PS.

Coimbra: Manuel Machado, do PS, foi reeleito com 32,46% e cinco vereadores, resultado equivalente às eleições anteriores. A coligação PSD-CDS-MPT-PPM, com 26,56%, desceu de quatro para três mandatos.

Castelo Branco: Luís Correia, do PS, foi reeleito com 58,75% e conseguiu cinco vereadores. A segunda foça política na capital de distrito é o PSD, com 23,28% e dois vereadores. Seguem-se CDU com 4,53%, BE com 4,47% e CDS com 3,35%.

Leiria: O socialista Raul Castro reforça maioria para o terceiro mandato. Chega aos 54,46% e consegue oito vereadores. A coligação PSD-MPT soma 26,96% e três vereadores. A terceira força política é o CDS, com 5,03%, mas sem nenhum mandato, seguido do BE (2,72%) e da CDU (2,4%).

Santarém: O cabeça de lista do PSD, Ricardo Gonçalves, 41 anos, foi reeleito para um segundo mandato. Os sociais-democratas conseguiram 43,19% e cinco vereadores, mais um do que o PS, que recebeu 34,05% dos votos. A CDU ficou em terceiro com 7,63%, seguida do CDS com 5,43% e do BE com 4,05%. No distrito de Santarém, o PS ganhou também em Salvaterra de Magos, que era uma aposta forte do Bloco.

Portalegre: A câmara vai continuar em mãos independentes. Adelaide Teixeira repete vitória de 2013, com 31,6% e três vereadores. O PS é segundo, com 28,89% e dois vereadores, e na terceira posição ficou a CDS, com 18,22% e um vereador. O PSD não vai além do quarto lugar, com 13,15% e um vereador.

Lisboa: Fernando Medina e o PS vão ganhar, mas pelas 3h20 da madrugada faltava saber se alcançam a maioria absoluta. Assunção Cristas, do CDS, vai ficar em segundo lugar e bater o melhor resultado do partido na capital, alcançado por Paulo Portas. A candidata do PSD, Teresa Leal Coelho, consegue um dos piores resultados dos sociais-democratas em Lisboa.

Ainda no distrito de Lisboa, destaque para retumbante vitória de Isaltino Morais em Oeiras. É o regresso do independente à autarquia depois de ter cumprido pena de prisão. Em Loures, Bernardino Soares, da CDU, venceu (32,76%), mas ficou com os mesmos quatro vereadores do PS (28,24%). A lista do PSD, encabeçada por André Ventura, cuja campanha ficou marcada por ataques à comunidade cigana, ganhou cinco mil votos em relação a 2013 e passou de dois para três vereadores.

Setúbal: Maria das Dores Meira, da CDU, ganha em toda a linha e segue para o terceiro mandato. Consegue mais votos – passa de 42% para 50% - e cresce de seis para sete vereadores. A vitória de Dores Meira na capital de distrito é, no entanto, um fraco consolo num distrito em que a CDU perdeu os concelhos de Almada, Barreiro e Alcochete.

Évora: É a outra capital de distrito que continua em poder da CDU. Carlos Pinto de Sá perdeu votos, mas renovou maioria. Conseguiu 40,52% e quatro vereadores. O PS ficou em segundo lugar com 26,39% e dois vereadores. O último vereador vai para o PSD, com 14,9%.

Beja: Foi a única capital de distrito a mudar de mãos. Passou da CDU para o socialista Paulo Arsénio, que conseguiu 46,25% dos votos e quatro vereadores. A CDU passa a segunda força política, com 37,61% e três vereadores. No distrito de Beja os comunistas também perdem Barrancos, Moura e Castro Verde.

Faro: Rogério Bacalhau, da coligação PSD/CDS/MPT/PPM, foi reeleito e chegou à maioria, com 43,94% e cinco vereadores. O PS ganhou votos em relação a 2013 e manteve quatro mandatos. A CDU perdeu votos e um vereador.

Madeira e Açores: Paulo Cafôfo, candidato da coligação PS/BE/JPP/PDR/ Nós, Cidadãos!, foi reeleito presidente da Câmara do Funchal. O PSD foi o partido mais votado na ilha, com 33,85%. No arquipélago dos Açores, o PS continua a dominar, ao conquistar 12 das 19 câmaras da região, mas perde um município, o Nordeste. Ponta Delgada continua nas mãos do PSD.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

  • Aurélio
    02 out, 2017 Feteiras 12:35
    Pelos títulos dos jornais, ficamos com a ideia de as hipóteses de alternância democrática acabaram nestas eleições autárticas, o que seria uma pena e um perigo. Os números mostram vitórias de facto esmagadoras em Lisboa e no Porto (onde vivem os eleitores mais "informados e civilizados") com enorme peso - pelos seus números de eleitores - no resultado global do País. Mas é preciso ver que cada um dos 2 principais partidos (PS e PSD) ganhou em 7 outras capitais de distrito, o que representa uma garantia de alternância, porque Lisboa e Porto são algo "voláteis" (dependendo da cara dos candidatos e da onda política do momento ) embora sempre com predominância socialista.
  • Justo
    02 out, 2017 Leiria 10:58
    Parabéns às pessoas e NÂO aos partidos!

Destaques V+